O governador em exercício José Carlos Barbosa, o Barbosinha, disse nesta manhã que o financiamento dos investimentos em ferrovias está sob a disposição de recursos da iniciativa privada. Às vésperas de audiência encomendada pelo PT de Mato Grosso do Sul, que trará o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, para debater a reativação da Malha Oeste em Campo Grande, Barbosinha considera que o Governo Federal não tem dinheiro para bancar rodovias.
“Quem banca ferrovia hoje é a iniciativa privada. Estamos dialogando a ferrovia que integra Três Lagoas a Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo a Inocência”, disse durante lançamento de obras da prefeitura em Campo Grande.
O encontro para debater a Malha Oeste está agendado para acontecer na manhã do dia 15 de agosto, no plenário da Câmara da Capital.
Vale destacar que a fala de Barbosinha ocorre poucos dias após o PT de Mato Grosso do Sul oficializar a saída da base governista de Eduardo Riedel na Assembleia Legislativa. A legenda agora assume lugar de oposição, especialmente motivada pelas manifestações do governador contra o ministro Alexandre de Moraes em decisão que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A iniciativa liderada pela vereadora Luiza Ribeiro (PT) e pelo presidente da Casa de Leis, Epaminondas Neto (PSDB), atende solicitação do STEFBU (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul), do deputado estadual Zeca do PT e do deputado federal Vander Loubet (PT).
O encontro busca amplo debate com a sociedade civil, incluindo empresários, trabalhadores e gestores públicos, sobre a importância estratégica da retomada da ferrovia para Campo Grande, Mato Grosso do Sul e todo o eixo logístico Centro-Oeste/Sudeste.
A reativação da Malha Oeste é considerada um importante elemento de impulsão econômica para a Capital. Com a retomada do transporte ferroviário, Campo Grande se tornaria um centro logístico nacional, com impacto direto no desenvolvimento econômico, na geração de empregos e na integração com a Rota Bioceânica, especialmente por possuir compatibilidade de integração com o mercado boliviano.
Assim, a conexão ferroviária com países vizinhos abriria caminho para um novo corredor internacional até os portos do Pacífico.
“Esse é um debate fundamental para o futuro de Campo Grande e do nosso Estado. A reativação da Malha Oeste pode transformar nossa logística, impulsionar a economia, gerar empregos e fortalecer a integração latino-americana. Precisamos unir forças e promover o diálogo entre todos os envolvidos”, destacou a vereadora Luiza Ribeiro.
Além dos vereadores e do ex-ministro José Dirceu, segundo a assessoria de imprensa da Câmara da Capital, também já confirmaram presença nomes que atuam na articulação logística nacional, como:
- João Carlos Parkinson de Castro, ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores e coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos;
- Lúcia Maria Mendonça Santos, coordenadora nacional do Setorial de Logística, Transporte e Mobilidade Urbana do Partido dos Trabalhadores;
- José Augusto Valente, ex-secretário de Política Nacional de Transportes;
- Paulo João Estausia, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL).
Entre as autoridades políticas e administrativas, estarão Vander Loubet, deputado federal por Mato Grosso do Sul; Jilmar Tatto, deputado federal por São Paulo; Zeca do PT, deputado estadual em Mato Grosso do Sul; Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead).
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