Deputado estadual e ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT cobrou na Alems (Assembleia Legislativa), o ressarcimento de uma ação movida por ele, após ser absolvido do caso conhecido como ‘farra da publicidade’.
Durante sessão nesta terça-feira (7), o ex-governador usou a tribuna e iniciou o discurso dizendo que em 2007, logo após o seu segundo mandato como governador, foi vítima de um escândalo. “Farra da publicidade, constrangeu minha vida, minha família, e então, eu entendendo de que era preciso uma retratação, recorri ao judiciário pedindo que os promotores que me acusaram precisavam provar o que afirmaram na denúncia contra a minha pessoa e um grupo que estava comigo no governo”.
Zeca lembrou ter recorrido ao judiciário de Campo Grande. “O juiz singular me deu ganho de caso, os promotores recorreram ao TJMS, perderam, recorreram ao STJ e também perderam, e pediram ao STF a retratação da sentença e, perderam”.
O deputado disse ainda que a ação voltou a Campo Grande depois de 18 anos, agora, para execução. “Devo receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil contra calúnia levantada contra minha pessoa. Quero receber os meus R$ 400 mil, eu quero meu dinheiro”.
Ele ainda levantou três questões sobre o caso: o primeiro dele é executar o Estado para que ajuíze ação para que os promotores indenizem o Estado pelo pagamento da ação. “É inadmissível que o estado tenha que me pagar a indenização. Ainda, vou entrar com uma ação pedindo o afastamento desse grupelho, o MPMS é instituição importante que deve ser respeitada e não deve ter gente dessa baixa qualidade. Vou ser indenizado, vou receber meu dinheiro, vou exigir que me paguem o que devem”.
Por fim, Zeca detalhou ter ganhado três processos, dois deles contra jornais. “O valor das ações eu comprei meu sítio em Dois Irmãos do Buriti onde produzo frango”.
Farra da Publicidade
Quatro processos judiciais contra o ex-governador Zeca do PT, atual deputado federal, foram arquivadas pela Justiça de Mato Grosso do Sul em 2017. Três das ações tinham relação com escândalo que ficou conhecido como “farra da publicidade”.
O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos foi o responsável por arquivar os processos. Além dos três relacionados com supostas irregularidades com verbas de publicidade do governo Zeca, uma delas tinha relação com enriquecimento ilícito.
O esquema que ficou conhecido como “farra da publicidade” consistia em o Governo do Estado supostamente facilitar a contratação de empresas de publicidade e propaganda.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
