O secretário municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável de Campo Grande, Ademar Vieira Júnior, vai solicitar uma reunião com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para acelerar a licitação do estacionamento rotativo, emperrada há mais de um ano. Ele conversou sobre o tema com vereadores nesta terça-feira (16).
“O projeto está sob responsabilidade da Agetran. Ele impacta ali no Centro da cidade, ele impacta no desenvolvimento econômico. Essa semana vou pedir uma reunião com o nosso diretor-presidente da Agetran [Paulo da Silva] para poder entender as dificuldades de avançar. Espero que seja rápido, espero que realmente a gente consiga agilizar essa licitação. Logo, logo, tem uma empresa aí fazendo com que o estacionamento no centro da cidade, que é um problema, seja uma solução”, disse Ademar.
Situação do Centro
O titular da Semades se reuniu com membros da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo, a convite do presidente do colegiado, o vereador Ronilço Cruz de Oliveira, o Ronilço Guerreiro (Podemos).
“Foi uma primeira reunião para a gente se aproximar dessa comissão. O vereador Ronilço me convidou, trouxe a equipe toda para apresentar e muitos temas foram debatidos nesta reunião”, afirmou.
“Falamos do Centro da cidade, de como a gente pode ajudar a dinamizar a economia. Falamos de muitos temas, até mesmo de terrenos baldios, de limpeza de terrenos, são assuntos pertinentes ao desenvolvimento econômico, feiras. E eu acredito que, a partir dessa reunião, nós vamos criar pautas específicas para nos aprofundarmos nesses temas”, detalhou Ademar.
“A necessidade e a vontade aqui é unir forças do Legislativo com o Executivo, fazendo com que a gente consiga desburocratizar ainda mais o desenvolvimento econômico de Campo Grande e, com isso, quem ganha é o cidadão”, concluiu.
Para Guerreiro, o caso de Campo Grande não é único e muitas capitais têm avaliado maneiras de manter seus centros vivos.
“O problema da região central não é só em Campo Grande, todos os grandes centros do Brasil estão assim. Por exemplo, se você for no Rio de Janeiro, você vê que o centro está vazio, em São Paulo está vazio”, ponderou.
Outro fator é a existência de serviços perto de casa, diminuindo os deslocamentos de moradores. “Se você for nas Moreninhas, você encontra médicos, encontra hospital, encontra supermercado, encontra lojas, você encontra faculdade. Então por que uma pessoa vai sair lá do bairro dele e vir até o Centro de Campo Grande se tem tudo no bairro dele?”, avaliou o vereador.
“Nós precisamos criar atrativos culturais, precisamos expulsar a economia, dar incentivos para os empresários locais em relação a IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], a ISS [Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, ISSQN], para que eles se estabeleçam e cresçam na região central de Campo Grande”, finalizou.
Impasse sobre estacionamento rotativo em Campo Grande
Em março de 2022, a concessão do estacionamento rotativo foi encerrada. A empresa Metropark concluiu 20 anos de administração da rede de parquímetros Flexpark.
Desde o fim da concessão, estacionar no Centro da cidade tornou-se um desafio aos consumidores. Além disso, o desrespeito às normas de trânsito virou rotina entre os motoristas.
Em setembro de 2023, a Prefeitura de Campo Grande encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei que autoriza a concessão do serviço. Ele chegou a ser retirado para ajustes, voltou à Casa e foi sancionado em abril de 2024.
A concessão para a exploração e prestação dos serviços de administração de 6,2 mil vagas terá o prazo de até 12 anos a contar da assinatura do contrato. O período pode ser prorrogado com aprovação do Legislativo.
Quando a concessão da Flexpark acabou, o preço para estacionar no Centro de Campo Grande era de R$ 2,50 a hora. Mas, na nova concessão, o valor deve subir. A previsão é de que fique 60% mais caro, já que o projeto aprovado prevê R$ 4,40, por hora, para cada carro estacionado.
De lá para cá, a licitação ainda não saiu do papel. Em agosto de 2025, a prefeita Adriane Lopes (PP) garantiu que o certame está em fase final de elaboração.
“O projeto já está em fase de conclusão. É algo que a população tem nos cobrado muito”, disse Adriane.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)