Durante encontro da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) exibiu um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro admite mudanças na ‘área de segurança’ por investigações contra os próprios parlamentares.
O mesmo arquivo também expunha o pedido de ‘demissão’ do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), na época, ministro da Justiça de Bolsonaro. O vídeo em questão foi exibido três vezes, a pedido de Soraya.
A primeira para todos, a segunda para uma internauta — que segundo Thronicke não tinha visto — e uma terceira vez para o deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS).
A senadora sul-mato-grossense usava o microfone, durante oitiva do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Marques de Carvalho, para elogiá-lo pela postura diante das investigações sobre os descontos indevidos no INSS e criticar a influência que Bolsonaro exercia nos órgãos de controle durante a sua gestão.
“Julgaram o senhor o tempo inteiro, ministro, aqui. E eu me sinto aliviada pelo fato de o senhor não ter avisado nem o Presidente Lula e nem outros ministros, sinto-me aliviada, porque o senhor cumpriu com o seu dever”, disse Soraya.
Com a exibição do vídeo, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), concedeu a palavra para Moro — já que ele estava no material. Por sua vez, o senador e ex-ministro culpou o governo do presidente Lula.
“As reclamações que explodiram a partir de 2023; nem havia o mesmo volume de desconto dos benefícios”, afirmou. Apesar disso, Moro admitiu que recebeu reclamações de descontos indevidos durante sua passagem pelo Governo Federal.
Confira:
Viana afirmou à imprensa, ainda durante a oitiva, que o depoimento do ministro da CGU explicitou falhas dos órgãos de controle brasileiros.
“O que está muito claro, a meu ver, nas falas do ministro da Controladoria-Geral da União, nos dados apresentados, é que todos os nossos mecanismos de controle contra a corrupção, contra o desvio de dinheiro, especialmente na Previdência, falharam”, opinou.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
