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Política

Superlotação e falta de acessibilidade expõem desafios de usuários PCDs do Consórcio Guaicurus

Queda de elevadores e ‘abandono’ em ponto de ônibus são situações recorrentes, apontaram usuários
Dândara Genelhú, Thalya Godoy -
transporte pcds acessibilidade
(Henrique Arakaki, Midiamax)

Usuários do transporte público que são PCDs (Pessoas com Deficiência) relataram que, além da superlotação, enfrentam diariamente a falta de acessibilidade nos ônibus do . Em oitiva de audiência na CPI do Consórcio, o grupo citou diversas situações de perigo que enfrentam: queda de elevadores, tombos, ‘abandono’ em pontos de ônibus e constrangimentos.

Direto da Praça Ary Coelho, no Centro de , o cadeirante Paulo participou da oitiva. Entre as dificuldades, apontou “a acessibilidade ou plataformas com defeito, ou derrubam a gente ou deixam a gente no ponto”.

Aos vereadores, citou que é recorrente a falta de embarque devido à falta de acessibilidade. “Só na semana passada fiquei duas vezes sem conseguir embarcar”. Ele disse que o Consórcio não faz manutenção preventiva, apenas corretiva.

“Para gente é uma chateação, porque a gente depende disso aí. Falta manutenção, precisa de manutenção porque precisamos trabalhar e tem horário para tudo”, denunciou na CPI.

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CPI ouviu pessoas na praça Ary Coelho. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Lotação gera ‘abandono’ de cadeirantes

Por sua vez, Flávio relatou que os cadeirantes acabam ficando ‘abandonados’ nos pontos com a superlotação dos ônibus. “Ônibus quando tá lotado, o motorista não leva a gente, porque está lotado”, disse.

Cadeirante, Flávio disse que o equipamento de acessibilidade falhou durante uso com ele. “Semana passada, assim que subi no ônibus, a rampa desceu repentinamente. Eu poderia ter me machucado. Serviço é péssimo, tudo na gambiarra”, comentou.

Presidente do Comitê Com Todos, Maria citou o aplicativo Todos no Ônibus, que visa à acessibilidade e autonomia nos ônibus, para PCDs. “Fizemos diversas reuniões, sem soluções”, comentou sobre a iniciativa que não está em prática.

Sem o aplicativo, Maria alegou que as pessoas com deficiência visual ficam à mercê de terceiros. “Não tem como uma pessoa com deficiência visual ter acessibilidade e inclusão sem o aplicativo. Tudo isso que você falaram, a gente passa”, disse.

“Se vocês enfrentam todos esses problemas, imaginem nós, que temos todos esses problemas e ainda a deficiência”, ressaltou.

A presidente do grupo disse que o Consórcio se limitou a dizer que iriam resolver a questão dos deficientes visuais. Contudo, disse que são “somente desculpas” do grupo.

LEIA – CPI do Consórcio Guaicurus e o colapso no transporte: usuários relatam ônibus velhos e superlotados

Terezinha disse que já passou momentos de tensão embaixo de ônibus. (Madu Livramento, Midiamax)

‘Fiquei embaixo do ônibus’, relata usuária

Terezinha Ferreira se tornou cadeirante após a , quando pegou Covid precisou do uso de cadeiras de rodas de forma permanente. “Como testemunha vou dizer idem para o depoimento de todos os usuários”, disse.

A usuária disse que os motoristas param perto do ponto, contudo precisa ir até a rua para embarque. “Os ônibus não conseguem parar no ponto e os cadeirantes precisam ir na rua pegar o ônibus. O elevador já quebrou diversas vezes comigo. Essa cadeira de rodas travada, com o sacolejo do motorista que está atrasado, ela solta”.

“Fiquei deitada embaixo do ônibus, com aquele óleo do elevador caindo em mim. Fiquei deitada gritando”, relatou.

Como usarão os depoimentos?

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) destacou que os participantes entram como testemunhas na CPI. “Desta vez, as pessoas que serão ouvidas pela CPI, só desta vez, não serão as que poderão ser julgadas pela CPI neste relatório que vamos apresentar, porque não são prestadores de serviço e nem responsáveis pelo serviço municipal de transporte”.

Assim, destacou que os depoimentos serão anexados como usuários do transporte. “Sua contribuição será lançada no nosso relatório como testemunha que usa o transporte público em Campo Grande”, disse.

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