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Política

Transporte público em crise: má conservação e falta de ônibus lideram reclamações contra Consórcio

Canal de denúncias da CPI do Consórcio recebeu 368 reclamações até esta segunda-feira (14)
Dândara Genelhú, Thalya Godoy -
denúncias consórcio transporte
Transporte público é alvo de reclamações. (Madu Livramento, Midiamax)

A má conservação, falta e atrasos constantes de ônibus em Campo Grande lideram as reclamações contra o Consórcio Guaicurus. O canal de denúncias da CPI do Consórcio recebeu 368 registros até esta segunda-feira (14).

“As reclamações evidenciam um sistema de transporte público em crise, marcado por superlotação, atrasos, má conservação e descaso com os usuários”, destacam os vereadores da Comissão. O relatório do grupo, aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.

Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”.

A má conservação lidera as denúncias com 33% dos registros. Logo, são 10% para falta de ônibus e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.

Confira o relatório das principais reclamações registradas até o momento:

  • Superlotação
  • Descrição: Ônibus frequentemente operam com capacidade excedida, dificultando o embarque e desembarque, especialmente nos horários de pico.
  • Exemplos:
  • Linha 080 ( Seminário): Passageiros ficam pendurados nas portas.
  • Linha 109: Ônibus sempre lotados, sem condições adequadas de viagem.
  • Impacto: Atrasos, desconforto extremo e riscos à segurança.
  • Atrasos e Irregularidades nos Horários
  • Descrição: Ônibus não cumprem os horários previstos, gerando atrasos recorrentes para passageiros.
  • Exemplos:
  • Linha 520: Atrasos frequentes em horários de pico.
  • Linha 72: Ônibus reforço chega atrasado ou não aparece.
  • Impacto: Comprometimento da pontualidade no trabalho, escola e compromissos pessoais.
  • Má Conservação dos Veículos
  • Descrição: Frota sucateada, com problemas como goteiras, bancos soltos, janelas quebradas e elevadores defeituosos.
  • Exemplos:
  • Ônibus da linha 070: Elevador para deficientes quebrado e motor fundido.
  • Linha 109: Chuva dentro do ônibus e veículos velhos.
  • Impacto: Falta de conforto, risco de acidentes e problemas de acessibilidade.
  • Falta de Ônibus
  • Descrição: Redução de linhas e frota insuficiente para atender à demanda.
  • Exemplos:
  • Bairros como Caiobá e Zé Pereira relatam retirada de linhas essenciais.
  • Linha 303 Bonança: Reforço matinal interrompido sem explicações.
  • Impacto: Longos intervalos entre os ônibus, aumento do tempo de espera e dificuldade de deslocamento.
  • Descaso com Pessoas com Deficiência
  • Descrição: Falta de acessibilidade e respeito aos direitos de pessoas com deficiência.
  • Exemplos:
  • Elevadores quebrados impedem o embarque de cadeirantes.
  • Sinal sonoro para PCD falha frequentemente.
  • Impacto: Exclusão e dificuldade de acesso ao transporte público.
  • Falta de Fiscalização
  • Descrição: Ausência de controle nos terminais e pontos de ônibus.
  • Exemplos:
  • Passageiros embarcam pela porta de desembarque, causando desorganização.
  • Fiscais negligenciam reclamações e permanecem inativos.
  • Impacto: Caos nos embarques e falta de respeito às regras.udino St Grin
  • Altos Preços da Passagem
  • Descrição: Tarifa considerada cara em relação à qualidade do serviço prestado.
  • Exemplos:
  • Moradores criticam o valor de R$ 4,95 por um serviço precário.
  • Usuários relatam que o custo não condiz com a experiência oferecida.
  • Impacto: Insatisfação generalizada e percepção de injustiça.

Também são apontadas:

  • Condições Precárias nos Terminais
  • Descrição: Infraestrutura dos terminais está deteriorada, com banheiros sujos, falta de cobertura nos pontos e ausência de bebedouros.
  • Exemplos:
  • Terminal Nova Bahia: Goteiras e água quente nos bebedouros.
  • Terminal : Descrito como “chiqueiro” pelos usuários.
  • Impacto: Desconforto e exposição a condições inadequadas.
  • Falta de Ar-Condicionado
  • Descrição: Ônibus sem climatização, especialmente problemático em dias quentes e chuvosos.
  • Exemplos:
  • Linhas longas, como 109, não possuem ar-condicionado.
    Passageiros relatam calor insuportável e falta de ventilação.
  • Impacto: Sofrimento físico e risco à saúde.
  • Monopólio do Consórcio Guaicurus
  • Descrição: Críticas ao modelo de consórcio, que limita a concorrência e incentiva a má qualidade.
  • Exemplos:
  • Motoristas relatam pressão psicológica e excesso de carga horária.
  • Frota sucateada e superfaturamento em notas fiscais.
  • Impacto: Serviço ineficiente e falta de melhorias significativas.

Como enviar denúncias para a CPI?

– WhatsApp: (67) 3316-1514

– E-mail: [email protected]

– Formulário anônimo disponível no site www.camara.ms.gov.br ou clique aqui.

O vereador Lívio (União Brasil) preside a Comissão. Além disso, a CPI do Transporte Público também é composta pelos vereadores Ana Portela (PL), que está na relatoria, Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP).

multas transporte
(Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Fatos determinados

CPI pretende investigar três fatos determinados. Além disso, o objeto de apuração é a junção de dois requerimentos de abertura da CPI, propostos por Junior Coringa (MDB) e Lívio Leite (União).

Integram o grupo da CPI os vereadores: Lívio Leite (União) como presidente, Ana Porela (PL) como relatora, Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP) e Junior Coringa (MDB) como membros.

Então, confira os fatos determinados:

  • A utilização de frota com idade média e máxima dentro do limite contratual e o estado de conservação dos veículos nos últimos cinco anos;
  • O equilíbrio financeiro contratual após a aplicação dos subsídios públicos concedidos pelo Executivo Municipal de Campo Grande à empresa concessionária, por meio das Leis Complementares 519/2024 e 537/2024;
  • A fiscalização feita pela Prefeitura Municipal, pela Agereg e pela Agetran no serviço de transporte público prestado pela concessionária após a assinatura do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) perante o TCE-MS, em novembro de 2020.

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