O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) defende a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 como o único caminho para reverter o tarifaço de 50% dos Estados Unidos contra os produtos brasileiros. O presidente Donald Trump (Republicanos) assinou, nesta quarta-feira (30), o decreto que trata da sobretaxa de 40%, que se junta aos outros 10% já em vigor, e que passa a valer a partir de 6 de agosto.
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“A mensagem de Trump foi clara. Sem anistia, sem conversa. O único caminho é soltar os presos políticos […] desde o início o Governo Americano expôs as condições para acabar com as tarifas. Se o Brasil não colocar a anistia na mesa, qualquer tentativa de negociação irá falhar”, acredita.
Pollon também é autor do Projeto de Lei 4485/2024 que pede anistia aos envolvidos nos ataques em Brasília, em 8 e 9 de janeiro de 2023. O projeto foi apensado ao PL 5643/2023, do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB), com o mesmo tema.
O congressista também critica o governo brasileiro por não ter mencionado a anistia nas tentativas de negociações com os Estados Unidos. Ele alega que Lula decidiu apoiar governos autoritários e ditaduras, “ao invés de adotar a neutralidade em respeito aos parceiros comerciais de longa data do Brasil”.
Neste sentido, Pollon apresentou o 12º pedido de impeachment contra o presidente Lula sob a alegação que o petista cometeu grave violação ao artigo 5º, inciso I, da Lei nº 1.079/1950, por prática de ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra e comprometendo-lhe a neutralidade.
Relação Brasil x EUA
Em julho, a relação entre Brasil e Estados Unidos ganhou novos pontos de tensão. O presidente Donald Trump prometeu taxar as exportações brasileiras em 50% a partir de 1º de agosto. Executivo e Legislativo tentaram negociar, mas, nesta quarta-feira (30), Trump assinou o decreto do tarifaço que passa a valer a partir de 6 de agosto.
Já em 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal e passou a usar tornozeleira eletrônica, cumprir toque de recolher, sem acesso às redes sociais e sem contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que articula nos Estados Unidos medidas contra o Brasil para pressionar uma anistia ao próprio pai.
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