O deputado federal Vander Loubet e presidente estadual do PT em Mato Grosso do Sul, comentou neste domingo (14) sobre o cenário político no Congresso Nacional e destacou a importância de avançar em pautas de interesse popular. Ele ainda avaliou a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) como um marco para a democracia brasileira.
Segundo Loubet, o ambiente no Congresso tende a se reorganizar nos próximos meses, especialmente com o desfecho de processos judiciais que ainda impactam a cena política. “Acho que agora vai ter o direito aos embargos, aquela coisa toda. Esperamos que até novembro encerre esse processo”, afirmou o deputado, referindo-se às ações judiciais ligadas aos acontecimentos de 8 de janeiro.
O parlamentar também chamou atenção para a mobilização da base governista diante do avanço da pauta da anistia, defendida por setores da oposição. “Acho que a oposição vem com essa pauta da anistia, que é forte, e nós estamos nos mobilizando junto com a sociedade civil e os movimentos organizados para colocar em discussão pautas que interessam ao Brasil”, afirmou.
Entre as propostas que o deputado considera prioritárias estão a isenção do imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos, o subsídio ao gás de cozinha para cerca de 15 milhões de famílias e o debate sobre a jornada de trabalho. “São pautas que têm impacto direto na vida das pessoas e que precisam estar no centro da agenda”, defendeu.
Loubet também avaliou como positiva a postura recente do STF diante das investigações relacionadas aos ataques à democracia. “A decisão do Supremo mandou um recado duro, não só para os outros poderes, mas também para o mundo todo. Foi um resultado da consolidação da democracia e da independência dos poderes”, declarou.
Ele destacou ainda o caráter pedagógico das condenações, especialmente ao envolver militares de alta patente, fato inédito na história recente do país. “Foi a primeira vez que a gente condena, na história do Brasil, militares graduados. Isso mostra que a democracia está acima de qualquer coisa para os profissionais brasileiros”.
Por fim, o deputado se disse otimista quanto à capacidade do Congresso de construir consensos. “Acredito que a gente vai ter maturidade suficiente para encontrar alguns consensos, como sempre aconteceu. Eu sempre fui muito otimista. Acho que é possível”.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
