Os vereadores de Campo Grande votam o veto ao PL ‘Ar no Busão’ e mais três projetos na sessão desta quinta-feira (4), na Câmara da Capital. A proposta obriga o Consórcio Guaicurus a instalar ar-condicionado nos novos ônibus.
O PL é do vereador Landmark Rios (PT) e coloca à prova o compromisso dos vereadores que, em sua maioria, já se manifestaram a favor da proposta. A proposta foi aprovada em 26 de junho com 21 votos a favor e apenas quatro contra. No entanto, o Executivo vetou o projeto no mês de julho, alegando “vício de iniciativa” e a possibilidade de reequilíbrio financeiro no contrato com o Consórcio Guaicurus.
Agora, para que a climatização se torne lei, são necessários 15 votos para derrubar o veto. A votação será um teste direto para aqueles que, há pouco mais de dois meses, levantaram a mão em apoio à iniciativa.
Será que serão favoráveis novamente?
A lista de vereadores que votaram a favor da proposta e que agora terão a chance de manter sua posição e derrubar o veto é longa e inclui: Ana Portela (PL), André Salineiro (PL), Beto Avelar (PP), Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Dr. Jamal (MDB), Dr. Lívio (União Brasil), Flávio Cabo Almi (PSDB), Herculano Borges (Republicanos), Jean Ferreira (PT), Junior Coringa (MDB), Landmark (PT), Leinha (Avante), Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Neto Santos (Republicanos), Professor Riverton (PP), Rafael Tavares (PL), Ronilço Guerreiro (Podemos), Veterinário Francisco (União Brasil) e Wilson Lands (Avante).
Votaram contra o ar-condicionado nos ônibus
Apenas os vereadores Marquinhos Trad (PDT), Delei Pinheiro (PP) e Otávio Trad (PSD) votaram contra.
O vereador Landmark, que tem articulado para conseguir os 15 votos necessários, afirma que a decisão mostrará quem está realmente ao lado da população. “Essa votação é um divisor de águas. O trabalhador que pega ônibus todos os dias, debaixo do calor, merece mais dignidade. O Ar no Busão é uma medida justa, necessária e possível. Quem votar contra estará votando contra o povo”, provocou o parlamentar.
Câmara analisa mais três projetos na sessão desta quinta-feira
Também será avaliado o veto total ao Projeto de Lei 11.898/25, que institui, em Campo Grande, o Programa Municipal de Acompanhamento da Regulação de Leitos Hospitalares no SUS (Sistema Único de Saúde), com finalidade consultiva, fiscalizatória, de promoção da transparência e de controle social. A proposta é do vereador Marquinhos Trad (PSD). A prefeitura argumenta vício de iniciativa, por ser matéria privativa do Poder Executivo.
Ainda será votado veto parcial ao Projeto de Lei 11.703/25, que institui a campanha Maio Vermelho, voltada à conscientização sobre AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), em Campo Grande. A proposta é do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB). O veto refere-se às ações que serão executadas pelo poder público, citando palestras, treinamentos, eventos, inserções publicitárias. A prefeitura argumenta que essas ações demandam recursos públicos, sem previsão orçamentária.
Os vereadores votam ainda veto parcial ao Projeto de Lei 11.590/25, que autoriza o Executivo Municipal a instituir o Banco de Emprego para a Juventude, em Campo Grande. A proposta do vereador Maicon Nogueira (PP) tem objetivo de fomentar a inserção de jovens e jovens aprendizes no mercado de trabalho, oferecendo capacitação profissional. A prefeitura vetou o artigo 5º, que prevê incentivos fiscais às empresas que aderirem e ofertarem vagas aos jovens, justificando vício de constitucionalidade.
Será votado ainda, em segunda discussão, o Projeto de Lei 11.698/25, que institui o Dia Municipal do Johrei, a ser comemorado no dia 15 de junho. Conforme a proposta, entende-se por Johrei o método de canalização da Energia Espiritual (Luz Divina), considerado um ato sagrado, uma oração para purificação do espírito, capaz de transformar a desarmonia espiritual e material em harmonia. A proposta é do vereador Flávio Cabo Almi (PSDB).
Palavra Livre
Durante a sessão, Sidney Aurélio Araújo da Costa vai falar na Tribuna sobre a importância da doação de órgãos e de conscientizar as famílias a autorizarem a doação dos órgãos de entes falecidos. O convite para falar do assunto foi feito pelo vereador André Salineiro (PL).
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(Revisão: Bianca Iglesias)