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Transparência

Marques nega participação em suposto ‘acerto’ para Artuzi renunciar após Uragano

Em nota Carlos Marques nega afirmação de Artuzi que garante ter sido coagido, por intermédio do advogado, a entregar a Prefeitura em troca da liberdade.
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Em nota Carlos Marques nega afirmação de Artuzi que garante ter sido coagido, por intermédio do advogado, a entregar a Prefeitura em troca da liberdade.

O advogado Carlos Alberto de Jesus Marques, ex-presidente da OAB-MS, que defendeu Ari Artuzi logo após a prisão do então prefeito de em 2010, nega as acusações do ex-cliente. Segundo Artuzi, Marques teria participado de uma manobra para pressioná-lo a assinar a Carta de Renúncia, ainda na cadeia, em troca da liberdade.

Em Nota de Esclarecimento que enviou à redação, Carlos Marques voltou a garantir que tem a consciência tranquila com relação ao tratamento que deu a Artuzi e afirma que o ex-prefeito pediu para sair do escritório “sem apresentar uma justificativa para tanto”.

“Ele agora, sem qualquer motivo, passou a fazer acusações contra mim. A situação é complicada: eis que o dever ético me proíbe de me manifestar”, reclama Marques.

De acordo com Ari Artuzi, Carlos Marques, que na época do escândalo, mantinha um contrato no valor de R$ 70 mil pela prestação de serviços para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, pouco teria conversado com ele sobre a condução da defesa. “Ele não trabalhou pra mim. Não posso ao certo afirmar pra quem ele estava trabalhando, mas só chegava com tudo pronto pra mim assinar”, relatou Artuzi.

O ex-prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, que foi preso junto com mais 27 pessoas durante a Operação , da , em setembro de 2010, garante que só assinou a Carta de Renúncia porque teria sido coagido, por intermédio do advogado, a entregar a Prefeitura em troca da liberdade.

Até o momento, no entanto, o ex-cliente não tomou nenhuma medida oficial contra Carlos Marques. Sequer na OAB o advogado foi denunciado por Ari Artuzi, que afirmou estar preparando a medida.

Com o cargo vago, foi convocada nova eleição e Murilo Zauith (DEM) foi eleito com apoio de um superbloco político que reuniu 15 partidos, desde PT até o PMDB, numa aliança sem precedentes na história da política douradense.

Murilo havia saído derrotado do processo eleitoral de outubro de 2010 após fazer a campanha como candidato ao senado com suposto apoio de Puccinelli, que foi flagrado em diversos eventos eleitorais citando o então candidato do PT ao senado, Delcídio do Amaral, como opção de voto junto ao candidato Waldemir Moka, do PMDB.

‘Ele sempre quis renunciar’

Carlos Marques enviou cópia da carta questionada por Artuzi e garante que a situação teria sido inversa à versão do ex-cliente. “Ele, desde o primeiro dia de prisão, quis renunciar. E eu sempre o impedi, até que chegou um momento que ele pressionou demais para isso”, assegura.

Segundo o ex-presidente da OAB, “acompanharam a assinatura do termo de renúncia, no presídio federal, dois advogados do escritório, exatamente porque o ato era de extrema seriedade”. Marques afirma que tomou medidas para certificar-se de que Artuzi não estava sendo coagido. “Queria que ele estivesse bem consciente do que estava fazendo”, conta.

Carlos ainda confirma que fez Ari assinar uma confissão de dívida. “Trabalhei para o prefeito em inúmeros processos e nada recebi. A confissão de dívida em anexo demonstra isso. Por sorte no ato do substabelecimento, que eu fiz a pedido dele, fiz um documento minucioso, cuja assinatura foi presenciada pelo advogado Fábio Davanso dos Santos, do meu escritório, e pela pessoa que o acompanhava no ato da assinatura, que era de sua extrema confiança, o que demonstra que ele assinou a confissão de dívida de livre e espontânea vontade”.

Sobre a reclamação de que teria conversado com Artuzi poucas vezes durante os 93 dias de prisão e apenas para levar até ele supostas determinações, Marques rebate. “Eu e outros advogados membros do meu escritório o visitamos dezenas de vezes nos três locais em que ele ficou preso”, garante.

“Ele nunca sofreu qualquer ameaça ou tortura. Pagamos inclusive despesas pessoais dele enquanto esteve preso. No dia em que o prefeito foi solto ele abraçou vários membros do meu escritório e chorou, agradecendo com as mãos voltadas para o céu, por diversas vezes, pela minha existência e pela nossa atuação profissional”, relata o advogado.

Sobre qual seria a motivação de Artuzi ao trazer à tona o suposto ‘acerto’ que envoveria, segundo ele, a decisão da renúncia, Carlos Marques diz que o ex-cliente está desesperado.

“Só posso creditar o comportamento dele ao desespero, decorrente de uma situação que ele mesmo criou para si. Por sorte todos o conhecem e conhecem minha atuação profissional, de forma que os fatos em nada altera minha imagem. De qualquer forma, se não for assim, aos olhos de Deus ele receberá a reprimenda que merece”, finaliza.

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