O ex-prefeito de Dourados Ari Artuzi, cassado após a operação Uragano, foi condenado a três anos de prisão em regime fechado e multa de R$ 300 mil por afirmar em entrevista que fazia “serviço de branco”. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (14) pelo Juiz Rubens Witzel, da 1ª Vara Criminal de Dourados.
Em 2010 durante uma entrevista de rádio, Artuzi afirmou que fazia “serviço de branco” na administração da cidade, e foi denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual) com base no artigo 20, parágrafo 2º da Lei 7.716/89, por afirmação racista por intermédio de meios de comunicação.
“O fato de termos conseguido uma indenização de R$ 300 mil por reparações de danos coletivos é uma conquista do Ministério Público”, comentou o promotor João Linhares, responsável pela acusação. “Se Artuzi não puder pagar a multa, ela pode ser revertida em trabalho comunitários junto aos segmentos étnicos”, completou.
Logo após o anúncio da decisão, a defesa de Artuzi informou que vai entrar com recurso, e o processo deve seguir para o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Artuzi foi cassado após a Operação Uragano, da Polícia Federal, que revelou o maior esquema de corrupção da história de Mato Grosso do Sul, envolvendo os três poderes. O ex-prefeito de Dourados foi acusado de desvio de dinheiro dos cofres públicos.