Pular para o conteúdo
Transparência

Ex-PGJ será julgado por corrupção no Ministério Público de MS 13 anos após flagra da PF

Miguel Vieira da Silva foi acusado de enriquecimento ilícito durante a Operação Uragano
Dândara Genelhú -
ex-chefe do mpms
Foto: Arquivo Midiamax.

Depois de 13 anos, o ex-PGJ (Procurador-Geral de Justiça) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Miguel Vieira da Silva, será julgado por corrupção. O julgamento foi marcado para fevereiro de 2023 após a Justiça negar recurso que usava como argumento a Lei da Improbidade. Ele é investigado após a interceptar áudio que implicava o ex-chefe do órgão em esquema de corrupção.

Em 16 de junho, o ex-chefe do MPMS tentou recurso com base na lei 14.230/2021, que trata sobre crimes de improbidade. Assim, o da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa, rejeitou o pedido, alegando que a lei não se aplica à retroatividade.

Isso porque em 18 de agosto, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para barrar a retroatividade da Lei da Improbidade. Então, aproveitou para marcar a audiência de instrução e julgamento por videoconferência para 14 de fevereiro de 2023.

Ex-PGJ do MPMS na Operação Uragano

O ex-Procurador-Geral de Justiça Miguel Vieira é investigado pela PF (Polícia Federal) por participar de suposto esquema de corrupção que passava por todos os poderes de Mato Grosso do Sul. Então, o ex-chefe do Ministério Público passou a fazer parte da lista de investigados após o ex-deputado estadual Ary Rigo expor a situação em áudio interceptado pela Operação Uragano.

Assim, na conversa foi apontado esquema de corrupção em que Vieira participava. “Fizemos um acerto com Miguel, de dar R$ 300 mil para ele, ele ficava com parte desse dinheiro e parte é pro promotor lá de ”, disse o ex-deputado em conversa interceptada.

Segundo a petição inicial, em 2009, Vieira teria recebido cópias do inquérito policial da Operação Owari, que desarticulou esquema de fraude em processos licitatórios na gestão do então prefeito de Dourados, Ari Artuzzi. No entanto, segundo as afirmações do ex-deputado, o ex-chefe do MPMS teria recebido propina para retardar os procedimentos.

Aposentadoria

A aposentadoria do procurador Miguel Vieira da Silva foi publicada em outubro de 2021, assinada pelo promotor Alexandre Magno Benites de Lacerda. Com adiamentos dos colegas no Ministério Público e decisões judiciais, Miguel ‘se segurou’ na ativa por mais 8 anos depois de ter a demissão recomendada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

A recomendação drástica do ‘Conselhão’, uma espécie de punição máxima cabível aos membros do Ministério Público, aconteceu 3 anos depois que Miguel Vieira foi citado no escândalo de corrupção que implicou MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), Governo do Estado e diversos políticos de MS em 2010.

Na época, houve grande clamor público contra o suposto envolvimento da cúpula do MPMS no esquema. Manifestantes chegaram a jogar moedas na sede do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em . No entanto, em 2019, justamente um ‘erro grotesco’ do MPMS enterrou a ação da Operação Uragano na do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Carro fica crivado com 14 tiros na região de fronteira

Documentário ‘Mulheres na Ciência’ será exibido na TV aberta

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

Barroso vota por descriminalizar aborto até 12ª semana de gestação

Notícias mais lidas agora

Detran-MS

MP autoriza prorrogar pela oitava vez inquérito contra indicado de político por corrupção no Detran-MS

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

multas transporte

Juiz ignora ameaça de cortar vale-transporte e nega suspender multas contra o Consórcio Guaicurus

Familiares procuram por Evelin, desaparecida há nove dias em Campo Grande

Últimas Notícias

Polícia

Mulher é vítima de tentativa de homicídio com golpes de facão da cabeça

O crime ocorreu na região da Avenida Guaicurus

Brasil

Barroso autoriza enfermeiros a auxiliar aborto legal e proíbe punição

O ministro também garantiu que os profissionais não podem ser punidos

Brasil

Câmara já gastou R$ 3,3 milhões com deputados presos ou fora do Brasil

R$ 3,3 milhões para custear gastos do gabinete de parlamentares

Polícia

Quatro agressores são presos pela Delegacia da Mulher em menos de 12 horas

4 agressores foram presos pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas