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Transparência

Despachante suspeito de baixar arquivo alterado em esquema de fraudes no Detran-MS presta depoimento

Esquema de corrupção no órgão teria desviado até R$ 2 milhões por meio de fraudes
Dândara Genelhú, Gabriel Maymone -
Detran-ms suspeito despachante
Detran-MS (Henrique Arakaki, Midiamax)

Um despachante suspeito em esquema de corrupção no Detran-MS prestará depoimento nesta quarta-feira (10). Ele deve comparecer na sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

As informações sobre o depoimento de Hudson Romeiro Sanches foram confirmadas pelo advogado de defesa, Mikhail Monteiro. O despachante foi acusado de participar do esquema e baixar documento alterado do sistema do Detran-MS.

No entanto, a alegação do despachante investigado é de que a senha foi roubada. Ao Jornal Midiamax, a defesa explicou que ‘é fácil pegar uma senha no Conselho dos Despachantes’.

Então, deve apresentar um endereço de IP do suposto dispositivo eletrônico que usou a senha para baixar o documento.

Investigada é presa

Supergirl do Detran-MS em ações educativas, a servidora Yasmin Osório Cabral foi presa em . Ela foi suspensa por seis meses, após se tornar suspeita de cobrar propina e integrar esquema de corrupção no órgão.

Conforme o advogado de defesa de Yasmin, André Stuart, a prisão aconteceu no sábado (6), por volta das 20h. Assim, a servidora foi para o Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”.

Yasmim estava lotada por último na Corregedoria de Trânsito (Cotra) do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul). A defesa apresentou pedido de habeas corpus na segunda-feira (8).

No entanto, até o momento não houve resposta do judiciário. Portanto, Yasmin segue presa no estabelecimento penal.

Presentes em esquema

Conforme o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), Yasmin teria participado de esquema que rendeu cerca de R$ 290 mil em apenas um dia – mas os valores podem chegar a R$ 2 milhões. Ela seria pivô da investigação e teria papel-chave na identificação dos “beneficiários” dos desvios ocorridos no Detran-MS.

Conforme a polícia, a servidora obtinha clandestinamente senha de outros servidores, acessava o sistema e identificava caminhões com restrições. Então, passava informações para o despachante David Cloky Hoffamam Chita, que exigia o pagamento de R$ 10 mil dos proprietários para liberar os veículos.

Assim, ao receber os valores, a servidora liberava as restrições no sistema e o despachante baixava a documentação. Ao menos 200 veículos liberados irregularmente pelo grupo estão identificados.

Ainda, ficou constatado nas investigações que Yasmin receberia presentes de David como um iPhone 15 Pro Max, joia e valores no Pix.

David tem mandado de prisão em aberto contra ele (Reprodução)

Negou pedido de despachante

O desembargador Fernando Paes de Campos negou pedido para revogar prisão preventiva contra o despachante David Cloky Hoffamam Chita, que está foragido após operação da polícia revelar que ele era chefe de esquema que pode ter lucrado até R$ 2 milhões com fraudes no Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul). O habeas corpus tramita na 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de MS).

“Destarte, ante ao exposto, indefiro a liminar pleiteada”, declarou o magistrado em decisão publicada no Diário Oficial da Justiça desta terça-feira (9).

Confira nota do Detran-MS sobre o esquema de fraude

“A investigação em questão corre sob sigilo de justiça, de maneira que, como determina o devido processo legal, afastamentos e demais processos administrativos, cíveis ou criminais, devem ser tratados como prevê a legislação. 

O Detran-MS reforça que colabora com os órgãos de controle, interno e externo, para garantir apuração célere e punição rigorosa de eventuais servidores envolvidos em quaisquer práticas ilegais e/ou criminosas. 

Reiteramos que a identificação de atividade ilícita que culminou com as investigações em curso, só foi possível graças ao monitoramento ininterrupto feito pelo Departamento de Trânsito, que identifica ações ou operações atípicas dos servidores, gerando alertas para os departamentos responsáveis investigarem mais a fundo“.

Na ocasião, Yasmin foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre as acusações, mas não enviou resposta até a publicação dessa reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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