Investigado em esquema que desviou R$ 15 milhões em licitações de obras no município de Terenos, o empreiteiro Arnaldo Santiago escalou time de colegas empreiteiros para tentar provar sua Inocência.
Conforme resposta à acusação apresentada na ação penal em que é réu por corrupção, Santiago diz que “não cometeu os crimes descritos na denúncia” e que “provará o alegado durante a instrução processual”.
Assim, um dos ‘parceiros dos meninos de Terenos’ apresentou lista com oito testemunhas que irão depor a seu favor. Metade dos indicados também são empreiteiros.
Inclusive, um deles, é Celso Ricardo Gazolla, dono da GS Serviços e Construtora (CNPJ 08.946.897/0001-52), que recebeu mais de R$ 4 milhões por obra durante a gestão do prefeito Henrique Budke (PSDB), preso durante as investigações.
Além de Gazolla, também integram o time os empreiteiros Ramiro Saraiva (Concrevia Construtora), Silvio da Silva Silvestre Júnior (Brasilva Engenharia) e Clebes Aguirre (Construtora Jupia Ltda).
Arnaldo Santiago foi investigado na Operação Velatus, do Gaeco e Gecoc, que revelou fraudes em licitações em Terenos, em agosto do ano passado. Ele chegou a ser preso em flagrante após a polícia localizar munições de calibre .22 na sua residência, ao cumprir mandado de busca e apreensão. No entanto, ele saiu após audiência de custódia. Na ocasião, o então secretário de obras, Isaac Cardoso Bisneto, foi preso.
Depois, ele também consta como investigado na Spotless, deflagrada em setembro de 2025. A sequência da ação do Gecoc chegou até o prefeito Henrique, que foi preso com Santiago e outros 14 investigados.
A empreiteira de Santiago, que leva o nome do dono (CNPJ 20.228.291/0001-87), ‘abocanhou’ seis contratos em Terenos, com valores que ultrapassam os R$ 1,6 milhão.
‘Farra das Empresas Convidadas’

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Conforme a denúncia do MPMS, quatro empreiteiras se revezavam para vencer licitações, repassavam dinheiro umas às outras e até mesmo faziam empréstimos para os ‘parceiros’ darem conta de tocar obras das quais venceram licitação e, supostamente, teriam condições de executar.
Para isso, os quatro empreiteiros criaram uma espécie de ‘irmandade’ em que eles se ajudavam e repartiam os ‘lucros’ obtidos com os contratos fraudulentos. “Uma parceria na qual prestam suporte mútuo por meio da utilização de suas empresas”, pontuam os promotores de Justiça Eduardo de Araújo Portes Guedes e Bianka Machado Arruda Mendes.
Vale ressaltar que as investigações concluíram que as empresas foram abertas sem que tivessem condições de executar obras complexas. Até um atestado de capacidade técnica — documento exigido em licitações — foi fornecido de um empreiteiro investigado para outro.
Confira a lista dos 26 denunciados por corrupção em Terenos
- Henrique Budke (PSDB), prefeito afastado de Terenos
- Arnaldo Glagau (PSD), vereador e empresário
- Arnaldo Santiago, empresário
- Cleberson José Chavoni Silva, empresário
- Daniel Matias Queiroz, empresário
- Edneia Rodrigues Vicente, empresária
- Eduardo Schoier, empresário
- Fábio André Hoffmeister Ramires, policial militar e empresário
- Felipe Braga Martins, empresário
- Fernando Seiji Alves Kurose, empresário
- Genilton da Silva Moreira, empresário
- Hander Luiz Correa Grote Chaves, empresário
- Isaac Cardoso Bisneto, ex-secretário municipal de Obras e Infraestrutura
- Leandro Cícero de Almeida Brito, engenheiro
- Luziano dos Santos Neto, empresário
- Maicon Bezerra Nonato, servidor público municipal
- Marcos do Nascimento Galitzki, empresário
- Nádia Mendonça Lopes, empresária
- Orlei Figueiredo Lopes, comerciante
- Rinaldo Córdoba de Oliveira, empresário
- Rogério Luís Ribeiro, empresário
- Sandro José Bortoloto, empresário
- Sansão Inácio Rezende, empresário
- Stenia Souza da Silva, empresária
- Tiago Lopes de Oliveira, empresário
- Valdecir Batista Alves, empresário
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(Revisão: Dáfini Lisboa)