Após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) prorrogar por mais um ano o afastamento de Ronaldo Chadid do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), o conselheiro recorre ao mesmo Tribunal para receber salário de R$ 98 mil, mesmo não exercendo o cargo que, aliás, foi afastado por indícios de corrupção.
Ronaldo Chadid foi afastado do cargo após operação da PF, em dezembro de 2022. Em agosto do ano passado, tornou-se réu por lavagem de dinheiro.
Já em 2025, o STJ prorrogou por mais um ano o afastamento de Chadid. A decisão atende a pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) de manter Chadid afastado até o encerramento da ação penal. “Persistem os motivos que deram causa à decretação das cautelares, notadamente o afastamento do denunciado do cargo, como forma de preservar a reputação, a credibilidade e a imagem da Corte de Contas”.
Conforme o ministro, é essencial manter o afastamento do conselheiro do cargo. “Além do risco para a instrução processual, destaca-se [que] a gravidade das condutas imputadas ao acusado RONALDO CHADID impedem [sic] o seu retorno ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, do qual supostamente se valia para a prática de crimes”, destacou Falcão.
Apesar disso, recurso do conselheiro afastado subirá ao STJ, conforme decisão do TJMS nesta segunda-feira (6). “A despeito das judiciosas razões invocadas pela parte agravante, fica mantida, por seus próprios fundamentos, a decisão que inadmitiu o recurso. Os autos deverão ser encaminhados ao Tribunal Superior competente para análise deste recurso”.
Isso significa que o TJMS negou restabelecer o salário de Chadid, mas admitiu que o recurso seja levado para o STJ apreciar o caso.
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Réu por lavagem de dinheiro
No dia 7 de agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou denúncia e tornou Ronaldo Chadid e a assessora Thais Xavier réus por lavagem de dinheiro. A Corte Especial do STJ decidiu pela manutenção do afastamento de Chadid das atividades e pelo uso de tornozeleira eletrônica — somente para Chadid.
Relator do processo, o ministro Francisco Falcão manteve o voto por tornar réus os investigados.
Ainda, os ministros mantiveram as medidas apenas para o conselheiro. O relator propôs a manutenção das cautelares em relação aos dois acusados e, por unanimidade, ela prevaleceu em relação ao acusado Ronaldo Chadid.
Desde dezembro de 2022, até o momento, o conselheiro segue afastado do TCE-MS, bem como Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves. Os três também usam tornozeleira eletrônica desde a Operação Terceirização de Ouro.
Chadid alegou ‘dificuldades diárias’ e tentou reaver salário de R$ 98 mil
O Órgão Especial do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou mandado de segurança impetrado pelo conselheiro afastado por corrupção do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), Ronaldo Chadid, para tentar voltar a receber salário bruto de R$ 98 mil.
O pedido foi negado por unanimidade, por 10 desembargadores do colegiado, já que dois não participaram do julgamento. Dessa forma, ‘enterraram’ de vez a tentativa de Chadid em reaver adicionais de função que lhe foram tirados após o STJ determinar seu afastamento.
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