A SPU (Superintendência do Patrimônio da União) em Mato Grosso do Sul dará prioridade à construção de moradias populares em áreas de ferrovias sem uso em Campo Grande e Sidrolândia, a partir de 2026. Assim, áreas da União que hoje abrigam trilhos devem virar conglomerados residenciais.
Entretanto, segundo o superintendente do Patrimônio da União em MS, Tiago Botelho, tudo depende do fim do contrato com a concessionária Rumo Logística.
“O Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] não conseguia passar para a SPU porque estava com a Rumo, que é a concessionária; só que o contrato acaba em junho do ano que vem, então a gente já está se antecipando”, explica ao Jornal Midiamax.
Identificação de áreas
Segundo Botelho, a superintendência vai atuar no georreferenciamento de todas as áreas prioritárias. No primeiro momento, em Campo Grande e Sidrolândia. Recentemente, após reunião com o Dnit, áreas em Ponta Porã e Corumbá também passarão pelo georreferenciamento.
“Em Ponta Porã, nós temos uma grande ocupação na área da Refresa e em Corumbá a gente tem a expectativa de identificar novas áreas para a construção de moradia. Há um compromisso do Dnit de tudo aquilo que ele não for mais usar, passar para a SPU”, diz à reportagem.
As áreas referenciadas passarão pelo crivo do Patrimônio em Brasília. Assim, se a SPU tiver o aval do Governo Federal, poderá proceder com a construção das moradias populares.

Quase 1 milhão de metros quadrados de ferrovia
Para o deputado federal por MS, Vander Loubet (PT), a “proposta de transformar áreas vazias e sem perspectiva de uso da antiga Rede Ferroviária Federal em moradias populares é mais do que uma política habitacional, é um gesto de justiça social, de uso inteligente do patrimônio público e de respeito à história das nossas cidades”.
O parlamentar citou que a estimativa é de 955 mil metros quadrados para o projeto. “Hoje subutilizados ou abandonados, representam uma oportunidade concreta de dar dignidade a milhares de famílias”, explicou sobre o espaço de ferrovias.
Então, pontuou que existem terrenos localizados em regiões centrais de Campo Grande, Corumbá, Aquidauana, Ponta Porã e outros municípios. “Áreas que, se bem aproveitadas, podem se transformar em bairros planejados, com infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida”, classificou.
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(Revisão: Bianca Iglesias)