Lei sancionada pelo prefeito Munir Sadeq Ramunieh, de Ladário –a 419 km de Campo Grande–, garante o batismo do Centro de Parto Normal do município. A unidade, cujas obras começaram no início do ano, ajudará a dar fim a um estigma da cidade. Isso porque, literalmente, permitirá que pessoas voltem a nascer em Ladário.
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Conforme a lei 1.158, sancionada em 15 de abril de 2025 e publicada na edição desta quarta-feira (30) do Diário Oficial da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) dá ao CPN o nome de “Lívia Peres”. A ordem de batismo partiu da Câmara Municipal de Ladário.
Lívia da Silva Peres Barros, conforme justificativa da lei, foi servidora de carreira desde 1999, e faleceu aos 43 anos em 2021, após um mês de luta contra a Covid-19. Nascida no Hospital Naval da cidade, mãe de 2 filhos, ela foi responsável pelo trabalho que garantiu as emendas para construção do CPN. Caberá à estrutura a retomada dos nascimentos em Ladário.
Sem maternidade, nascer em Ladário é um desafio
A obra do CPN começou ainda em janeiro. O Centro de Parto Normal ficará no cruzamento das Ruas Marcílio Dias e Corumbá, no Centro, ao lado da Prefeitura de Ladário. A unidade permitirá a correção de uma situação que dura quase 10 anos: permitir que as pessoas voltem a nascer em Ladário e, assim, que o município volte a contar com cidadãos.
Por décadas, os partos no município foram realizados no Hospital Naval, que deixou de oferecer o serviço regular no fim de 2014. Assim, não ocorrem mais nascimentos em Ladário –ao menos, com assistência apropriada. Dessa forma, as grávidas precisavam recorrer a outros municípios, como Corumbá, para terem seus filhos.
Conforme divulgado pela própria prefeitura no início deste ano, a obra é orçada em R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1,399 milhão em emendas parlamentares federais e R$ 1,11 milhão em contrapartida do município. Espera-se que a obra seja concluída em 12 meses.
A Casa de Parto Normal Peri Hospitalar tem como foco o parto normal e a assistência ao recém-nascido. Assim, dará suporte às mães que não optem por cesáreas. O Ministério da Saúde qualifica as unidades como centros de saúde para parto de risco habitual, fora de estabelecimento hospitalar, com assistência ao parto e puerpério, bem como cuidados com o recém-nascido.
“Com a Casa de Parto em nosso município, as mães gestantes que optarem pelo parto normal, poderão realizar esse procedimento aqui na cidade, com toda estrutura necessária. Vai voltar a nascer ladarense em Ladário”, declarou Munir Ramunieh no início do ano, ao anunciar a obra.
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