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Transparência

CNJ livra desembargador de MS após sentença suspeita que deixou prejuízo de R$ 30 milhões

Magistrado é um dos investigados na operação 'Ultima Ratio'
Gabriel Maymone -
Conselho Nacional de Justiça (Divulgação, CNJ)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) excluiu o desembargador Alexandre Aguiar Bastos de processo de reclamação disciplinar feita por um que perdeu R$ 30 milhões e apontou suspeita de venda de sentença.

A denúncia foi feita por um fazendeiro, que alegou ter tido prejuízos de R$ 30 milhões por decisões tomadas pelo desembargador. A reclamação foi feita após a deflagração da Operação Ultima Ratio, que revelou esquema de venda de decisões judiciais em MS.

No entanto, despacho do Corregedor-Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, excluiu Bastos do polo passivo, ou seja, da lista de investigados.

Assim, apenas dois advogados continuam no inquérito. “Da leitura da inicial, depreende-se que o reclamante promove o presente expediente em desfavor de C.S.F e O.J.N de M.”, diz trecho do despacho proferido pelo ministro.

Fazendeiro denunciou possível conluio de desembargador com advogado

Dessa forma, o pecuarista aponta que o magistrado atuaria em conluio com um advogado, que seria ‘amigo íntimo’ de Alexandre Bastos. Para provar os laços, o denunciante anexou print de postagem do em rede social que foi curtida por Bastos.

Conforme o relato, o fazendeiro diz ser vítima da ‘máfia que vem surrupiando todo meu patrimônio através dessas vendas de sentenças. Ele [advogado] é amigo íntimo do desembargador Alexandre Aguiar Bastos, este sempre foi relator em todos os processos que eu e [advogado] está envolvido‘, diz trecho da denúncia feita ao CNJ.

A disputa entre o fazendeiro e o advogado envolve vários processos e recursos na Justiça Estadual, alguns até que tramitam no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Na denúncia, o fazendeiro alega que advogado move processos cobrando pagamentos de honorários por ações em que atuou. Porém, o denunciante afirma que pagou todos os honorários devidos.

Denúncia também foi feita à PF

O caso também foi noticiado à PF (Polícia Federal) – que comandou as investigações contra os desembargadores – no dia 29 de outubro, cinco dias após o afastamento dos desembargadores.

“Considerando-se ainda que todos os processos foram decididos pelos desembargadores ora investigados e que está envolvido na decisão de processos que prejudicou o comunicante, faz a juntada de algumas cópias dos autos e informa o número de todos os processos envolvendo o nome do comunicante […] Diante do exposto, solicito que sejam tomadas as devidas providências para a investigação da existência de relação entre os investigados e o possível crime noticiado”.

O CNJ continuará as investigações somente em relação aos dois advogados. O Conselho pode abrir um procedimento disciplinar ou arquivar o caso.

‘Denúncia sem pé nem cabeça’, diz advogado

Ao Jornal Midiamax, o advogado – que inicialmente não terá nome divulgado – disse que a denúncia é “completamente infundada, não tem pé nem cabeça, não tem um indício de prova de nada. Até o print que ele mandou lá não é da minha fazenda em , é da minha fazenda em , eu nunca tive gado em Figueirão”, alegou.

Também comentou sobre o fazendeiro que fez a denúncia. “Ganhei importantíssimo processo para ele numa ação rescisória, salvando todo o patrimônio dele e, ao invés de me pagar, me ameaçou”, relatou sobre processo anterior.

Além disso, lembrou que no processo apontado pelo denunciante, teve recurso negado por Alexandre. “Se eu tivesse qualquer vínculo, se ele quisesse me ajudar, ele teria conhecido o recurso”, disse.

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