O engenheiro civil Leandro Cícero Almeida de Brito foi o último a ser preso entre os 16 alvos da Operação Spotless, a qual investiga esquema de corrupção que desviou mais de R$ 15 milhões de Terenos, entre 2021 e 2023, durante a administração do prefeito (agora afastado), Henrique Budke (PSDB) — também preso.
A prisão ocorreu nesta quinta-feira (11), dois dias após a ação do Gaeco nas ruas da cidade do interior e de Campo Grande.
Conforme as investigações, Leandro aparece como amigo íntimo do ex-secretário de Obras Isaac Cardoso Bisneto, preso pela segunda vez.
O relatório do Gaeco aponta que o engenheiro teria elaborado documentação técnica, a pedido de Isaac, para fornecer ao empreiteiro Sandro Bortoloto (preso também), da Angico, referente a uma licitação que já tinha vencedor certo.
Para isso, recebeu R$ 9 mil.
Ainda, o Gaeco apurou que uma licitação vencida pelo empreiteiro Sansão Inácio Rezende teria relação com uma ‘contribuição’ feita a Leandro.
Em conversa, Isaac diz a Sansão: ‘Só não esquece do meu amigo kkk [Leandro]’. Então, dias depois, foram emitidas notas de empenho à empreiteira de Sansão.
Outras conversas confirmaram que Leandro recebia 3% do valor de medições de obras entre dezembro de 2022 e julho de 2024 (um mês antes da primeira fase da operação).
Vale ressaltar que a medição é o atestado que um profissional faz sobre o efetivo avanço das obras.
Prefeito chefiava esquema de fraude em licitação

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Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa que desviou mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos, segundo a investigação.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas.
O prefeito foi preso durante a Operação Spotless, junto de um policial militar do Choque, o terceiro-sargento Fábio André Hoffmeister Ramires. Além deles, outras 10 pessoas foram presas: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Hander Luiz Corrêa Chaves, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)