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Transparência

Diretor da Fiems é investigado pelo Ministério Público por desmatamento em MS

Empresa de Aurélio Rolim Rocha também é alvo de execução fiscal por dívida milionária de ICMS
Gabriel Maymone, Vinicios Araujo -
Sérgio Longen (direita) é presidente do comitê de gestão da LideMS, que tem Aurélio Rocha (esquerda) como presidente (Divulgação, Fiems)

Diretor de relações internacionais do Sistema (Federação das Indústrias de ), o empresário Aurélio Rolim Rocha é investigado pelo Ministério Público por desmatamento em uma de suas fazendas, a Salto, localizada no município de Nioaque, distante 183 km de Campo Grande.

Conforme o inquérito n. 06.2025.00000730-0, Aurélio aparece como requerido em investigação para apurar desmatamento de 6,5 hectares (65 mil metros quadrados), o equivalente a quase 7 campos de .

Consta no resumo do inquérito que existe um auto de infração nº 014757/2024, apontando que a devastação foi realizada “sem autorização da autoridade ambiental competente”.

Presidente do LideMS

Dono de verdadeiro império agropecuário, a Valor Commodities — dona de cerca de 50 mil hectares em MS —, Aurélio é presidente da LideMS, uma espécie de fórum empresarial, que tem Sérgio Marcolino Longen, presidente da Fiems, como presidente do comitê gestor.

Inclusive, recentemente, os dois integraram missão oficial de Mato Grosso do Sul que foi, no início do mês, a países da Ásia, em busca de novos mercados para exportações do Estado.

Aurélio integrou o grupo como diretor da Fiems, já que ocupa a pasta de relações internacionais.

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Lista de investigações por danos ambientais

Conforme dados públicos oficiais do Ministério Público, são ao menos 10 procedimentos por danos ambientais que o órgão conduz contra Aurélio.

São procedimentos registrados nas promotorias de Bela Vista, , Nioaque e Porto Murtinho, todos por crimes ambientais.

O mais antigo é de 2017 e, somente em 2025, já são dois inquéritos abertos em Nioaque, um no dia 3 de julho e outro no dia 18 do mesmo mês.

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Em nota enviada à reportagem, Aurélio disse que irá colaborar com a investigação. Veja a nota na íntegra:

“Na qualidade de proprietário da Fazenda Salto, em Nioaque (MS), informo que já tomamos ciência do inquérito e, como sempre pautamos nossa conduta pela transparência e responsabilidade, estamos à disposição para colaborar na apuração dos fatos.

É importante destacar que a propriedade já possui um PRADA devidamente protocolado e em execução, justamente com o objetivo de sanar eventuais passivos ambientais anteriores à aquisição da propriedade pelos atuais proprietários. Reiteramos nosso compromisso permanente com a regularidade ambiental e a adoção de boas práticas de gestão sustentável”.

A reportagem também acionou a LideMS e a Fiems para se manifestarem sobre o caso, mas não obtivemos resposta até esta publicação. O espaço segue aberto para posicionamento.

Aurélio é proprietário da Fazenda Salto e investigado por desmatar 6,5 hectares sem autorização (Reprodução)

Alvo de penhora por dívida milionária com o Estado

Enquanto embarcava para missão oficial de MS para a Ásia, Aurélio era alvo de execução fiscal movida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, por dívida milionária da Valor Commodities por não pagar ICMS.

Consta nos autos que a dívida inicial era de R$ 991.040,59, porém, planilha de cálculo atualizada anexada pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado) mostrou valor atualizado de R$ 1.068.193,36.

Assim, em junho deste ano, o juiz Marcel Henry Batista de Arruda determinou bloqueio dos valores nas contas em nome da Valor.

No entanto, a empresa com capital social de R$ 10 milhões não possuía saldo em nenhuma das seis instituições a qual possui conta.

Então, para conseguir receber a dívida, o Estado faz novo pedido ao juiz para que seja feita nova ‘varredura’ nos bancos, mas desta vez com o CNPJ da filial executada, localizada em Deodápolis.

Além disso, a PGE pede que, caso não consiga o bloqueio dos valores, que sejam bloqueados veículos em nome da Valor Commodities Deodápolis.

Outra fazenda de Aurélio autuada por desmatamento

Inquérito movido pelo Ministério Público em 2019 revelou desmatamento de reserva legal na fazenda Annalu, também de propriedade de Aurélio.

O relatório do MP mostrou que a propriedade não possuía o mínimo exigido de área de reserva legal e, ainda que, trechos da área haviam sido ‘convertidos’ para uso alternativo do solo.

Assim, o inquérito determinou a suspensão imediata de atividade pecuária dentro da reserva legal e recomposição da vegetação desmatada.

Para isso, foi instaurado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

Nesse acordo, constam ainda outras infrações ambientais na fazenda de Aurélio, como declaração no Cadastro Ambiental Rural de apenas metade da faixa de proteção permanente exigida pelo Código Florestal.

Além da construção de um pesqueiro dentro de APP (Área de Preservação Permanente).

Também foi identificado desvio no curso do Rio .

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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