A Diretora de Licitações da Prefeitura de Bonito, Luciane Cintia Pazette, vai enfrentar um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) após ser presa por participar de esquema de fraude em certames.
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito, desde 2021. São vários certames fraudados, simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
O prefeito Josmail Rodrigues (PL) publicou nesta quarta-feira (15), no Diário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), a abertura do procedimento. Luciane é concursada e atuava no cargo em comissão — do qual acabou exonerada nesta semana.
Para ser demitida e deixar o vínculo com o Executivo municipal, Luciana deve enfrentar o PAD. Outro preso na Operação Águas Turvas, o então secretário de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, já foi exonerado.
No lugar de Edilberto, o prefeito nomeou o assessor especial de Gabinete Elcio da Silva Casanova.
Operação Águas Turvas em Bonito
Além deles, foram alvos de mandados de prisão os empresários Carlos Henrique Sanches Corrêa e Genilton da Silva Moreira. Já Luis Fernando Xavier Duarte, funcionário de imobiliária, foi preso em flagrante pela posse de arma de fogo e solto após pagar fiança de R$ 2 mil.
Além das quatro prisões, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR).
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito, desde 2021. São vários certames fraudados, simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
Fraude de R$ 4,3 milhões em licitações
Servidores públicos integram o esquema, em que repassavam informações privilegiadas a empresários e organizavam a fraude licitatória para ajudar as empreiteiras a vencerem. Em troca, recebiam vantagens indevidas.
Os investigados são suspeitos dos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros.
“Águas Turvas”, termo que dá nome à operação, faz alusão a algo que perdeu a transparência ou limpidez e contrasta com a imagem de Bonito, reconhecido por suas belezas naturais e águas cristalinas, as quais, contudo, vêm sendo maculadas pela atuação ilícita dos investigados.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)