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Transparência

Empreiteira é primeira a pedir liberdade após escândalo de corrupção em Terenos

Nádia Mendonça Lopes participou ativamente para fraudar licitações, aponta Gaeco
Gabriel Maymone -
Prefeitura de Terenos. (Foto: Thaís Cardoso, Jornal Midiamax)

Uma das 14 presas por escândalo de em , revelado pela Operação Spotless, na última terça-feira (9), Nádia Mendonça Lopes, dona da Lopes Construtora e Empreiteira Ltda., é a primeira a entrar com pedido de liberdade na Justiça.

Ela é esposa de outro empreiteiro, também preso no caso, Genilton da Silva Moreira. Eles são acusados pelo Gaeco de integrar organização criminosa chefiada pelo prefeito Henrique Budke (), que desviou mais de R$ 15 milhões dos cofres da prefeitura, por meio de fraudes em contratos de obras.

O relator do pedido é o desembargador Jairo Roberto de Quadros, o mesmo que expediu os mandados de prisão.

Conforme as investigações, Nádia participava de reuniões com outros empreiteiros para combinar propostas e definir quem seria vencedor de licitações em Terenos.

Inclusive, ela participava junto do marido. Uma das conversas interceptadas pelo Gaeco revelou, por exemplo, que ela apresentaria proposta 1,5% mais baixa que a de uma outra empresa em determinado certame.

Para os investigadores, ela teria participado de forma direta de várias reuniões e teria agido ativamente para fraudar as licitações.

No relatório de investigações, há registros dela tendo acesso a propostas de concorrentes antes do envio de valores, por exemplo.

O prefeito foi preso durante a operação Spotless, junto de um policial militar do Choque, o terceiro-sargento Fábio André Hoffmeister Ramires. Além deles, outras 10 pessoas foram presas: Arnaldo Santiago, Sansão Inácio Rezende, Nadia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Genilton da Silva Moreira, Eduardo Schoier, Fernando Seiji Alves Kurose, Hander Luiz Corrêa Chaves, Sandro José Bortoloto e Valdecir Batista Alves.

Henrique se afasta do cargo

Na manhã desta quinta-feira (11), a defesa de Henrique Budke emitiu comunicado oficial para informar o afastamento do cargo, a fim de focar no processo.

O Julicezar Barbosa afirmou que o tucano foi surpreendido pela ação.

“Henrique foi surpreendido com a operação, pois sempre pautou sua vida em honestidade e transparência. Pediu afastamento do cargo para poder se concentrar em sua defesa. E aguarda a evolução das apurações, depositando na Justiça a confiança de que a verdade provará sua ”, declarou o defensor.

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Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação

Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), nesta terça-feira, 9 de setembro.

A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.

Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.

O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.

A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.

Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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