Nove dias após ser presa na Operação Águas Turvas, a ex-diretora de licitações de Bonito, Luciane Cintia Pazette, entrou com pedido de habeas corpus, para tentar liberdade.
O advogado contratado para atuar na ação de corrupção é Tiago Bunning, o mesmo que representa Claudinho Serra na Tromper, ação também do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), que revelou desvios de R$ 20 milhões em Sidrolândia.
Bunning atuou, ainda, na defesa do ex-marido de Ana Hickmann no processo em que é acusado de violência doméstica contra a modelo.
O desembargador Waldir Marques, da 2ª Câmara Criminal, irá analisar o pedido.
Luciane foi presa no dia 7 de outubro, junto do então secretário de Finanças do município, Edilberto Cruz Gonçalves; do empreiteiro Genilton da Silva Moreira; do fiscal de obras Carlos Henrique Sanches Corrêa; e do corretor de imóveis Luis Fernando Xavier Duarte, preso em flagrante com arma de fogo, mas solto após pagar fiança de R$ 2 mil.
Ela é esposa do vereador Pedro Aparecido Rosário, o Pedrinho da Marambaia. No relatório de investigação, o Gecoc aponta conversa dela com Genilton pedindo ‘brinde legar’ para fazer política para o marido. O vereador disse à reportagem que desconhece tais brindes solicitados pela esposa e disse confiar na inocência dela.
O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB), já exonerou os servidores envolvidos, suspendeu os contratos alvos da investigação e determinou abertura de processo administrativo disciplinar contra Luciane.
Operação Águas Turvas em Bonito

Além deles, foram alvos de mandados de prisão os empresários Carlos Henrique Sanches Corrêa e Genilton da Silva Moreira. Já Luis Fernando Xavier Duarte, funcionário de imobiliária, foi preso em flagrante pela posse de arma de fogo e solto após pagar fiança de R$ 2 mil.
Além das quatro prisões, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR).
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito, desde 2021. São vários certames fraudados, simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
Fraude de R$ 4,3 milhões em licitações
Servidores públicos integram o esquema, em que repassavam informações privilegiadas a empresários e organizavam a fraude licitatória para ajudar as empreiteiras a vencerem. Em troca, recebiam vantagens indevidas.
Os investigados são suspeitos dos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros.
“Águas Turvas”, termo que dá nome à operação, faz alusão a algo que perdeu a transparência ou limpidez e contrasta com a imagem de Bonito, reconhecido por suas belezas naturais e águas cristalinas, as quais, contudo, vêm sendo maculadas pela atuação ilícita dos investigados.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)