Nova investida de Francisco Cezário de Oliveira para tentar retomar a presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) é tentar anular eleição, de abril de 2025, que confirmou Estevão Petrallás no comando da entidade.
Em manifestação feita dentro de ação judicial, a defesa de Cezário pede que a Assembleia-Geral Extraordinária que confirmou o então interino mandatário seja anulada.
Conforme Cezário, a eleição não deveria ter ocorrido, uma vez que já havia ação judicial questionando outra assembleia, em outubro do ano passado, que o destituiu do cargo de vez.
Preso duas vezes durante investigações, Cezário é acusado de desviar verba pública da entidade, enquanto presidente. O valor ultrapassa os R$ 10 milhões, segundo as investigações. Ele foi afastado do cargo provisoriamente antes de ser oficialmente destituído.
Desde então, move ações na Justiça e entrou com série de recursos para tentar voltar à presidência da entidade, que comandou por 27 anos.
Por outro lado, a FFMS se manifestou na ação alegando que já há entendimento jurídico de que a Justiça Comum não pode julgar os atos eleitorais e de gestão da entidade, que devem ser apreciados pela Justiça Desportiva.
Agora, a decisão está ‘nas mãos’ do juiz Tito Gabriel Cosato Barreiro, que definirá os próximos passos do processo.
Cezário tenta derrubar cúpula da FFMS

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O ex-mandatário da FFMS foi preso no âmbito da Operação Cartão Vermelho, acusado de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele está em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda julgamento. Ele permaneceu 28 anos à frente da entidade.
Na assembleia, os atos do gestor estavam em avaliação. Coube aos associados deliberar sobre as consequências e penalidades previstas no estatuto. A defesa de Cezário contestou a legalidade do ato administrativo e diz que vai recorrer na Justiça.
Assim, Petrallas comandou a entidade interinamente até as eleições, que ocorreram em abril de 2025. Após um longo processo que envolveu uma série de conturbadas discussões e investigações sobre a gestão de Francisco Cezário, Estevão António Petrallas foi eleito presidente da entidade.
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FFMS diz que Cezário transferiu R$ 2 milhões da entidade a parentes
Para justificar a destituição de Cezário do cargo, a FFMS anexou várias partes do processo criminal em que ele aparece por comandar desvios de R$ 10 milhões. Ele atuaria juntamente de parentes que faziam parte da cúpula da entidade.
Dessa forma, a FFMS justificou várias situações evidenciadas pela Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado). Assim, expuseram situações que ‘não coadunam com as boas práticas administrativas’ da federação.
Então, apontou alguns fatos para justificar a destituição: “Transferiu mais de R$ 2 milhões para parentes, omitiu informações de balanços financeiros, falsificava carimbos de estabelecimentos comerciais, entre tantos atos de gestão que não coadunam com as boas práticas administrativas”, diz trecho da petição anexada no dia 10 de fevereiro aos autos.
Por fim, a entidade considerou: “Sobre os atos de gestão irregular e temerária, os mesmos foram objeto de uma criteriosa análise jurídica que foi divulgada previamente, juntamente com a publicação do edital de convocação, para todos os filiados e diretores da entidade, inclusive para o presidente afastado e ora AGRAVANTE, que é subordinado ao Estatuto da entidade como qualquer outro filiado, possuindo o dever de respeitar e cumprir as normas internas da instituição”.
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