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Transparência

Fiscalização vai fazer ‘batida’ na JBS para verificar acordo após flagra em Campo Grande

MPMS 'pegou leve' e estipulou multa de apenas R$ 9,8 mil, caso empresa bilionária não cumpra termos do TAC
Gabriel Maymone -
Unidade de couros da JBS fica localizada no Núcleo Industrial de Campo Grande (Divulgação)

O MP (Ministério Público) requisitou nova fiscalização no depósito de couros da JBS, localizado no Núcleo Industrial de . A unidade foi flagrada, ano passado, descumprindo condicionantes de licença de operação.

Assim, em 1º de fevereiro de 2024, o MP firmou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o frigorífico para regularizar a situação.

Então, uma das cláusulas previa implantação de sistema de controle de emissões atmosféricas, que será alvo da fiscalização.

Logo, um dos pontos que será avaliado pelos técnicos da (Agencia Municipal de e Planejamento Urbano) será verificar “se houve algum lançamento de efluente em desconformidade com as normas ambientais”, diz ofício assinado pelo promotor de Justiça, Luiz Antônio Freitas de Almeida.

Além disso, o promotor responsável pelo inquérito pediu que os técnicos confirmem o cumprimento de cláusula do acordo que prevê a apresentação, por parte da JBS, de estudo de investigação confirmatória. Trata-se de relatório para confirmar a existência — ou não — de contaminação em um determinado local.

Agora, o inquérito aguarda retorno da Planurb sobre o resultado da vistoria.

MPMS ‘pegou leve’ com JBS

Apesar dos riscos ambientais e também à saúde humana, MPMS estipulou multa em caso de descumprimento das cláusulas de apenas R$ 9,8 mil. Vale ressaltar que a empresa é a maior produtora de proteína animal do mundo. O lucro líquido médio é de R$ 27,5 bilhões por mês (segundo balanço da própria empresa).

Descumpriu condicionantes da licença de operação

Por dentro de uma unidade de couros da JBS (Divulgação)

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A 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande acompanha a situação. O objetivo é que o frigorífico faça intervenções e ações de controle “para a eliminação do perigo ou redução, a níveis toleráveis, dos riscos identificados na etapa de diagnóstico, bem como o monitoramento da eficácia das ações executadas”, consta no TAC.

Conforme o MPMS, a unidade de couros foi flagrada funcionando descumprindo condicionantes da licença de operação. Então, firmou-se um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) — celebrado para a empresa se adequar às normas ambientais. Para esta infração constatada, ficou estipulado que a JBS deve doar R$ 70 mil para o Fundo Municipal de Meio Ambiente de Campo Grande.

JBS desrespeita normas ambientais

Para sanar as irregularidades, um dos termos do acordo exige que a JBS — dos irmãos Joesley e Wesley Batista — elabore ações emergenciais para conter o problema.

Assim, uma das exigências do acordo é que a JBS deverá apresentar aprovação do projeto do sistema de controle de emissões atmosféricas — voltado ao controle da poluição e também de odores.

Também, o frigorífico deve apresentar estudos relacionados ao uso de substâncias químicas no solo, bem como de áreas contaminadas em decorrência da atividade.

Apesar dos riscos ambientais e também à saúde humana, MPMS estipulou multa em caso de descumprimento das cláusulas de apenas R$ 9,8 mil. Vale ressaltar que a empresa é a maior produtora de proteína animal do mundo. O lucro líquido médio é de R$ 27,5 bilhões por mês (segundo balanço da própria empresa).

Ação contra frigorífico no Nova Campo Grande

A apenas 7,8 km da unidade de couros, planta frigorífica da JBS é alvo de ação civil pública por exalar mau cheiro e deixar ‘podre’ o bairro Nova Campo Grande.

Depósito de couros da JBS fica a 7,8 km do frigorífico; as duas unidades são alvo de investigação por desrespeito às normas ambientais

Na ação, ingressada na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, o órgão pede que a JBS adote todas as providências necessárias para pôr fim ao mau cheiro e ao incômodo causado à população.

Além de detectar e reparar possíveis avarias no sistema de exaustão, o MPMS também pediu que, dentro de até 60 dias, a JBS providencie o plantio de cortina arbórea em todo perímetro do terreno

Os pedidos foram solicitados liminarmente e que as providências sejam implementadas em curto prazo. Além das medidas imediatas, outra frente da Ação Civil Pública proposta pelo MPMS requer a condenação da JBS, no mérito, a apresentar, em até quatro meses, projeto técnico para cobrir, vedar e isolar as unidades com maior emissão de gases com maus odores.

Após aprovação do projeto pelo , ele deverá ser executado na totalidade em até seis meses. Caso, no decorrer do processo, seja verificada a inviabilidade da permanência da empresa no local, o MPMS pede que seja planejado o deslocamento da unidade de produção de farinha base para ração animal, ou de toda a planta produtiva, para o Núcleo Industrial da capital (Indubrasil) ou outro local adequado à atividade, no prazo de até um ano. 

Além disso, o MPMS deu valor de R$ 100 mil à causa, para fins eminentemente fiscais e processuais, conforme o documento.

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