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Transparência

Incra cortou sistema de investigados por grilagem no Pantanal assim que PF ‘estourou’ em Corumbá

Servidores do Incra e da Prefeitura de Corumbá estariam emitindo documentos para legalizar áreas invadidas no Pantanal
Fábio Oruê, Adriel Mattos -
incra pantanal
Sede do Incra em Campo Grande e agentes da PF em Corumbá (Divulgação, Incra e PF)

Com servidores suspeitos de participar de esquema de grilagem de terras no Pantanal sul-mato-grossense, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) afirma ter cortado o acesso de investigados assim que a PF (Polícia Federal) ‘estourou’ a Operação Prometeu, em , na terça-feira (7).

Conforme a instituição, os federais comunicaram o órgão sobre a operação no início da manhã. Assim, os acessos de todos os investigados ao sistema de Incra foi bloqueado.

“Determinou-se a todas as unidades administrativas no âmbito desta Superintendência para colaborar com a investigação realizada pela Polícia Federal na busca da elucidação, bloqueio e sanção de possível fraude”, confirmou ao Jornal Midiamax.

O grupo investigado ocupa e explora ilegalmente terras da União. Assim, utiliza para a regularização fraudulenta das áreas. A investigação apontou mais de 6,4 mil hectares queimados para a criação de gado no Pantanal.

Além dos servidores do Incra, duas pessoas do quadro da Prefeita de Corumbá também estariam no esquema. Eles estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento.

Conforme a Polícia Federal, a primeira fase revelou que os incêndios e desmatamentos eram a etapa inicial de um esquema de grilagem. As buscam ainda apontam para a existência de pelo menos 2,1 mil cabeças de gado.

Dano de mais de R$ 220 milhões no Pantanal

Durante as investigações dos incêndios ocorridos em 2024, os dados coletados revelaram que a área queimada é alvo reiterado deste tipo de crime ambiental e, posteriormente, alvo também de grilagem das áreas.

A ocupação irregular de área, que já totaliza 6.419,72 hectares, estava sendo utilizada para exploração econômica por meio da pecuária. A PF estima a criação de mais de 7,2 mil animais nas áreas da União, em todo o período investigado.

Além disso, a perícia da Polícia Federal identificou dano de mais de R$ 220 milhões perpetrados na exploração da área pelo grupo investigado.

Prometeu

A operação policial foi batizada com o nome Prometeu, pela histórica má utilização do fogo nas pastagens do bioma Pantanal pelo homem, como incentivo à pecuária e ao avanço sobre o Pantanal.

Prometeu faz a alusão ao personagem da mitologia grega visto como uma divindade que roubou o fogo dos deuses gregos e entregou à humanidade, fazendo mau uso deste, e, por isso, foi castigado por Zeus.

Grilagem de terra

Então, com base nos elementos colhidos pela PF, a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de incêndio, desmatamento, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e também por associação criminosa.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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