Pular para o conteúdo
Transparência

Justiça atende Prefeitura e multas de trânsito voltam a valer em Campo Grande

Ação popular quer anular infrações, alegando irregularidade no contrato de empresa com a Agetran
Gabriel Maymone -
Radar instalado no cruzamento entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Rui Barbosa. (Foto: Madu Livramento, Midiamax)

Decisão liminar do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acatou pedido da Prefeitura de e ‘derrubou’ decisão que suspendia a aplicação de multas de trânsito na Capital.

Há duas semanas, a 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos suspendeu a aplicação e cobrança de multas de trânsito com base no fim do Contrato 13/2018 da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) que trata do sistema de radares. A ação popular é de autoria do vereador Marquinhos Trad (PDT).

No pedido, o parlamentar menciona que o contrato expirou em setembro de 2024 e vinha sendo prorrogado, ultrapassando o limite legal de cinco anos. Mesmo assim, a Agetran seguiu expedindo multas.

A decisão liminar (provisória até julgamento do mérito) é do desembargador Amaury da Silva Kuklinski. Ele foi o terceiro relator do caso, já que os dois últimos alegaram suspeição.

Conforme a decisão proferida na tarde desta sexta-feira (26), o magistrado pontua que a aplicação de multa não depende de contrato administrativo, mas “unicamente da ocorrência da infração e da regularidade do auto de infração, conforme o artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), não sendo influenciada pela existência ou vigência de um contrato administrativo”.

Por fim, para dar continuidade à análise do caso, o desembargador solicitou os seguintes documentos ao TCE-MS:

  • (i) Resultados de auditorias, inspeções e/ou análises realizadas na execução contratual do citado contrato, com respectivos documentos comprobatórios (relatórios de inspeção ou auditoria, decisões do Plenário entre outros);
  • (ii) Eventual(is) atuação(ões) no que diz respeito ao Reconhecimento de Dívida, promovido pelo Município/Agetran, evidenciando a regularidade dos cálculos elaborados, com os respectivos documentos suporte comprobatórios da gestão e fiscalização contratual (medições, laudos, entre outros);
  • (iii) Informar sobre a regularidade da continuidade da prestação dos serviços, sem o abrigo contratual, após o término em setembro de 2024 ESPECIALMENTE QUANTO AOS RECONHECIMENTOS DE DÍVIDAS objeto da presente Ação Popular, até a nova licitação/contratação; e(iv) Quais as razões que levaram o Município/Agetran não adotar providências no sentido de promover um novo certame licitatório a tempo hábil antes de expirar o prazo contratual (com eventuais aditamentos), do contrato original

Os advogados que representam o vereador no processo, André Borges e Valdir Custódio, emitiram nota sobre a decisão: “Marquinhos Trad ainda não foi intimado da decisão. Respeita demais o TJMS. Mas irá recorrer, porque confia naquilo que pediu à justiça: ilegalidade séria das multas. Atuação se dá na defesa dos superiores interesses do povo local. A luta continuará, sempre”.

Por meio de seus advogados, Marquinhos Trad informou que irá recorrer da decisão para suspender novamente as multas.

Briga na Justiça

A Agetran contestou as alegações do vereador, sustentando a necessidade de manter o serviço público essencial de fiscalização do trânsito. Além disso, o reconhecimento da dívida é uma medida legítima da prefeitura. Uma licitação foi aberta em abril de 2023 e o novo contrato dos radares será assinado em outubro de 2025.

Na decisão, o juiz Flávio Renato Almeida Reyes observou que, apesar da necessidade de manter a fiscalização, o município deveria ter feito uma prorrogação, dispensa de licitação ou outro instrumento legal que não fosse o reconhecimento de dívida.

Para ele, “o reconhecimento de dívida é ato que recai sobre o passado, e não sobre o futuro”. Assim, determinou que a Agetran não pague a dívida com o Consórcio Cidade Morena e interrompa a aplicação de multas por radares e a cobrança.

Agora, o julgamento do mérito deve ocorrer nos próximos dois meses.

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Fronteira entre Corumbá e Bolívia segue fechada para votação presidencial

VÍDEO: Ladrão coloca roupas na mochila e dá prejuízo de R$ 1,5 mil para loja em Campo Grande

Bêbado, homem dá cadeirada em funcionário e acaba preso em conveniência

Explosão residencial mata duas pessoas e deixa feridos em bairro de Olinda

Notícias mais lidas agora

Sem licença ambiental, rodovia no Pantanal teria apenas autorizações de agências em MS

Final masculina da Supercopa de Vôlei vai parar Campo Grande neste domingo

Polícia fecha shopping em Campo Grande após invasão em joalheria

Familiares e amigos de Denner lamentam morte de jovem durante capotamento na MS-430

Últimas Notícias

Brasil

Sobe para 17 número de mortos por acidente com ônibus em Pernambuco

Veiculo levava 40 passageiros; 17 estão internados em Garanhuns

Transparência

FPM de outubro começa com queda de 2% e soma R$ 86 milhões para municípios de MS

Os 79 municípios de MS podem receber os recursos da União

Transparência

Sem licença ambiental, rodovia no Pantanal teria apenas autorizações de agências em MS

Serviço foi paralisado dias depois de o MPF instaurar inquérito para investigar obra de mais de R$ 46 milhões

Cotidiano

VÍDEO: Tempestade destrói casas e há chance de ventos de até 100km/h em Corumbá

Famílias ficaram desalojadas em decorrência do vento e queda de árvores causados pela tempestade