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Transparência

Pollon pediu convocação de ministra para explicar queimadas criminosas antes de operação da PF

Requerimento foi arquivado, sem que Marina Silva tenha esclarecido aumento nos incêndios no Pantanal em 2024
Adriel Mattos -
deputado pollon
Deputado Marcos Pollon (PL). (Foto: Divulgação, Câmara Federal)

O deputado federal Marcos Pollon (PL/MS) pediu a convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para explicar o aumento de queimadas criminosas no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O requerimento foi apresentado em junho de 2024, três meses antes da primeira fase da Operação Prometeu, da PF (Polícia Federal).

Em setembro do ano passado, a ação mirou uma organização criminosa que ocupou ilegalmente áreas de preservação ambiental, desmatando, queimando e usando o território para criação de gado. Na segunda fase da operação, deflagrada na terça-feira (7), a PF revelou o envolvimento de no esquema.

Meses antes da primeira fase, Pollon pediu que Marina fosse à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados a fim de prestar esclarecimentos sobre o aumento das queimadas no Pantanal.

“O número de focos de incêndios no Pantanal neste ano já supera o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas em todo o bioma. As queimadas nos seis primeiros meses de 2024 já são 8% maiores em comparação com 2020. Há meses, especialistas alertaram para uma temporada de fogo devastadora”, apontou o deputado no documento apresentado em 26 de junho de 2024, citando dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

No requerimento, Pollon destaca ainda que “fatores humanos, como atividades ilegais de desmatamento e pastagem, também podem ter contribuído para as queimadas” de 2024.

Apesar do questionamento do parlamentar, o pedido não teve qualquer movimentação na Câmara. O requerimento acabou arquivado ao fim do ano legislativo de 2024, sem que Marina tenha dado qualquer explicação.

Deputado ainda questionou combate a incêndios e grilagem

Em outros requerimentos apresentados entre 2024 e 2025, Pollon também questionou os dois focos da Operação Prometeu: queimadas criminosas e grilagem de terras.

Documento de julho de 2024 pede esclarecimentos do Ministério do Meio Ambiente sobre os incêndios no Pantanal. A pasta respondeu um mês depois, afirmando que, entre janeiro de 2023 e julho de 2024, quase 1 milhão de hectares foram destruídos pelo fogo, mas foram investidos mais de R$ 111 milhões no combate e em ações preventivas.

O deputado ainda questionou os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, em julho de 2024 e em janeiro de 2025, sobre uma denúncia de que duas ONGs (organizações não governamentais) estariam envolvidas com grilagem de terras no Pantanal. 

O Ministério do Meio Ambiente respondeu não ter conhecimento do caso, enquanto o Ministério da Agricultura informou não ter competência para atuar em ocupação de terras públicas.

Operação Prometeu revelou envolvimento de produtores e servidores públicos

Em setembro de 2025, a PF deflagrou a primeira fase da Operação Prometeu, para combater os crimes de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União, entre outros, na região de .

Duas pessoas foram presas em flagrante com armas de fogo. São empresários e produtores de gado conhecidos na região.

Durante as investigações dos incêndios ocorridos neste ano, os dados coletados revelaram que a área queimada é alvo reiterado deste tipo de crime ambiental e, posteriormente, alvo também de grilagem das áreas, com a realização de fraudes junto aos órgãos governamentais.

O local onde ocorreu o incêndio, que é alvo da operação, era, até 2020, uma área preservada.

A ocupação irregular de área, que já totaliza 6.419,72 hectares, vem sendo utilizada para exploração econômica por meio da pecuária. Buscas realizadas na região apontam para a existência de pelo menos 2.100 cabeças de gado na área da União, mas estima-se a criação de mais de 7.200 animais em todo período investigado.

Já em outubro de 2025, a segunda fase mirou um grupo criminoso que ocupa e explora ilegalmente terras da União. Então, eles utilizam servidores públicos para a regularização fraudulenta das áreas.

As investigações posteriores identificaram que servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e de um órgão municipal estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento.

Então, com base nos elementos colhidos pela PF, a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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