O prefeito de Paranaíba, cidade a 406 km de Campo Grande, Maycol Queiroz (PSDB), é denunciado por improbidade administrativa por ter supostamente pago R$ 800 mil de aluguel por trecho de 3 hectares de uma fazenda onde deve ser construído o balneário municipal. Ocorre que a área de lazer, divulgada desde 2023, nunca funcionou como bem chefiado pela prefeitura, segundo a denúncia.
O contrato do aluguel foi renovado neste ano, pelo chamado termo aditivo, por 20 meses, com reajuste de 7%, indo até fevereiro de 2027.
Pelo contrato anterior, o prefeito — que foi reeleito ano passado — comprometeu-se a pagar R$ 19,2 mil mensais pelo aluguel. Conforme a acusação, a conta tem sido paga regularmente.
Autor da denúncia, Maurício Gomes de Almeida, o Bugrão, vereador da cidade pelo PL, disse que conduziu a acusação ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e ao TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Crime de improbidade administrativa pode levar à perda de mandato eletivo, especialmente quando resulta em suspensão dos direitos políticos. A Lei de Improbidade Administrativa prevê sanções como a suspensão desses direitos, que pode impedir o exercício de mandatos.
Conforme a denúncia do vereador: “Este imóvel encontra-se em total estado de abandono, sem qualquer uso pela população e muito menos a prestação de serviços públicos. Está lá para quem quiser ver: a área alugada está fechada, degradada e sem qualquer função social. Isso mostra a total ineficiência na gestão dos recursos públicos por parte do gestor da prefeitura”.
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Aluguel mais caro
Bugrão disse que o preço do aluguel subiu de R$ 19,2 mil para R$ 20,6 mil mensais. Somados o contrato e o aditivo, nota-se que a prefeitura terá de desembolsar mais R$ 413 mil até fevereiro de 2027.
“Vejam isso, somando estes dois valores, chegamos à exorbitante quantia de R$ 798.900,00 [que já foram pagos] pelo gestor da prefeitura por um espaço que nada, absolutamente nada oferece à população. Não há atividade social, econômica ou recreativa. Mais uma vez, a população paranaibense sofrendo com a má gestão dos recursos públicos”, protestou o parlamentar.
“Como vereador do município, é minha obrigação fiscalizar atos do Executivo e denunciar os malfeitos. Aí está mais um”, finalizou.
Na área alugada pela prefeitura, já funcionou antes um parque aquático, tocado por particulares, e lá ficaram alguns equipamentos, como tobogã, por exemplo. Não é dito na denúncia se tais petrechos de lazer já pertencem, ou não, ao município e se serão aproveitados pelo balneário municipal.
A reportagem tentou ouvir o prefeito Maycol por telefone e WhatsApp, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
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