Operação contra rombo de R$ 4,3 milhões em licitações na cidade de Bonito prendeu o secretário de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, e a diretora de Licitações, Luciane Cintia Pazette.
Além deles, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) prendeu o empresário Carlos Henrique Sanches Corrêa e Luis Fernando Xavier Duarte, funcionário de imobiliária, que foi preso em flagrante pela posse de arma de fogo — mas solto após pagar fiança de R$ 2 mil.
Nota oficial do Ministério Público informou que havia quatro mandados de prisão para serem cumpridos. Portanto, um investigado não foi localizado e está foragido.
Os três primeiros estão sendo interrogados na Delegacia de Polícia Civil de Bonito.
Fraude de R$ 4,3 milhões em licitações
Além das quatro prisões, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR). Agentes também estiveram na Prefeitura Municipal de Bonito.
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito, desde 2021. São vários certames fraudados, simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
Servidores públicos integram o esquema, em que repassavam informações privilegiadas a empresários e organizavam a fraude licitatória para ajudar as empreiteiras a vencerem. Em troca, recebiam vantagens indevidas.
Os investigados são suspeitos dos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros.
“Águas Turvas”, termo que dá nome à operação, faz alusão a algo que perdeu a transparência ou limpidez, e contrasta com a imagem de Bonito, reconhecido por suas belezas naturais e águas cristalinas, as quais, contudo, vêm sendo maculadas pela atuação ilícita dos investigados.
Prefeitura se cala
A reportagem tenta obter, desde manhã, um posicionamento da Prefeitura de Bonito, mas sem sucesso.
O prefeito Josmail Rodrigues (PL) não atende ligações ou responde a mensagens. O Jornal Midiamax também acionou a prefeitura por e-mail oficial e não obteve retorno.
A assessoria de imprensa também foi procurada via ligação telefônica e mensagens, mas não retornou.
Também não houve publicação oficial nos canais de comunicação da prefeitura.
O espaço segue aberto e o texto será atualizado assim que houver manifestação.
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.
(Revisão: Dáfini Lisboa)