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Brasil em chamas: Dakila Pesquisas socorre indígenas e ajuda no combate a queimadas no bioma amazônico MT

Por Rogério Alexandre Zanetti Jornalista e publicitário
Eser -

Conhecido internacionalmente pelo desenvolvimento de diversos projetos e pesquisas científicas, a associação o sul-mato-grossense Dakila Pesquisas se dedicou, nas últimas semanas, a um trabalho que pode ser considerado inusitado: ajudar – com recursos humanos, tecnológicos e materiais – no combate à queimadas que acontecem na região norte do Brasil. Para a região de Alta Floresta, no Mato Grosso, Dakila Pesquisas deslocou até um , aeronave que foi de extrema importância na localização dos focos de incêndio e no transporte de profissionais brigadistas e até de pessoas que precisaram acessar suas moradias em meio à mata.

Como aconteceu
O palco de ação de Dakila foi a região de Alta Floresta, no Mato Grosso. A região já é parte do Bioma Amazônia, que está presente no norte do Estado e em direção ao norte, cobrindo uma área de 180.215 quilômetros quadrados, correspondendo a 54% do território do Estado vizinho. Na região amazônica, Dakila desenvolve pesquisas há algum tempo, além de desenvolver o projeto Voz das Etnias, em parcerias com comunidades indígenas no desenvolvimento e melhoramento genético de sementes para a pequena familiar e de subsistência. Por conta disso, o instituto recebeu no dia 11 de setembro, por email, um pedido de ajuda, uma solicitação de emergência ambiental no território indígena Apiaka, sede de diversas aldeias indígenas. O pedido era de “horas de vôo” para que se localizasse pontos de queimadas na região, de difícil acesso, além de máscaras descartáveis, soro fisiológico, entre outros, para amenizar os efeitos das fumaças de queimadas, que já contavam com um mês. O documento continha a assinatura do Cacique Robertinho Morimã e dos presidentes de associações indígenas Raimundo Paigô Munduruku e de Raimundo Kamassuri, e a solicitação foi prontamente atendida.


Já no dia 17 de setembro, a equipe de Dakila fez seu primeiro sobrevôo, até a aldeia Mayorowi, a mais distante da região e, portanto, a mais isolada. Ocorre que com a densidade das fumaças e dificuldade de acesso, não se chegava ao local nem de barco e avião – as formas de transporte por ali, sendo possível isso com o helicóptero, levando alimentos, máscaras, soro fisiológico e inaladores doados por Dakila, além de medicamentos que a SESAI – Secretaria de Saúde Indígena não havia conseguido fazer com que chegasse ao local. A seguir, se procedeu o sobrevôo com a presença do líder indígena e o professor da escola local. A seguir, se chegou à aldeia Pontal, também com alimentos e medicamentos. Os vôos foram feitos sempre com o direcionamento das diversas lideranças dos povos originários locais. Por útimo, se chegou à Aldeia Matrinxã.
De volta a Alta Floresta, os pesquisadores e colaboradores de Dakila acertaram com a lideranças as estratégias de combate ao fogo, principalmente as questões de prevenção, haja visto que os moradores da aldeia Kanidé ficaram em situação de grande perigo com o fogo chegando muito perto da comunidade e, sendo assim, vai ser necessário se preparar melhor, caso incêndios semelhantes a estes voltem a acontecer.
No local, a equipe Dakila foi recepcionada pelos componentes do 7º Batalhão do Militar de Alta Floresta, que fez a orientação do combate ao fogo. Na ocasião, Dakila Pesquisa fez a doação de kits de prevenção e auxílio nesse combate, como sopradores, motobombas e equipamentos de segurança.
Nesse período, a aeronave do instituto foi bastante utilizada também no transporte de pessoas. Fernanda Lima, pesquisadora de Dakila, presente no local, diz que “A logística de entrada e saída dos locais era quase zero, já que o transporte por ali é por barcos, e era impossível. Mesmo era muito dificultoso os vôos e em muitos momentos o comandante se guiava apenas pelos rios. Também constamos a situação calamitosa, com locais sendo possível ver o fundo do rio, dificultando incrivelmente as atividades dos indígenas, como a pesca, por exemplo”. Ainda segundo Fernanda, os moradores e lideranças locais desconfiam de incêndios criminosos. “A constatação é de que as queimadas estão bem maiores e, segundo eles mesmo, antes de começar a fogo passaram nos locais aviões sem possibilidade de identificação, e que o fogo era linear, reto, diferente dos provocados por acidentes naturais, como raios, por exemplo.


No final da operação, os pesquisadores de Dakila entregaram às lideranças e autoridades imagens, fotos e coordenadas desses pontos de queimadas, e relatórios que foram entregues à FUNAI e o Ministério Público. Urandir Fernandes de Oliveira, CEO de Dakila e chefe dessa missão, disse que “a situação é tão desesperadora que até os castanhais dos indígenas, uma planta que demora até 300 anos para frutificar, foram totalmente queimadas. Ou seja, a subsistência deles está bastante comprometida”. Para ele, a missão foi mais humanitária do que científica, mas necessárias. “Não poderíamos sonegar esse auxílio. São nossos parceiros e, acima de tudo, um povo praticamente desassistido, encurralado pelo fogo e invisível para a maioria das autoridades. Essa missão prova que o trabalho de Dakila é muito mais que buscar o conhecimento, nosso lema, mas promover o bem comum, estender a mão a quem precisa e ajudar na busca de soluções que torne a terra um lugar melhor para todos”, concluiu Urandir Fernandes.

O retorno da equipe Dakila aconteceu no dia 24 de setembro.

Esta matéria é de responsabilidade de seu autor e não necessariamente expressa a opinião deste jornal.

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