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Catarina Porfírio: da piscina do interior de Minas ao Guinness World Records — a nadadora que virou símbolo de resistência

Quando a mineira Catarina Porfírio mergulhou pela primeira vez nas águas abertas, não imaginava que um dia seu nome estaria registrado no Guinness World Records
Júlio Brandão -

A nadadora Catarina Porfírio não sabia que sua trajetória esportiva e humana a tornaria referência nacional em saúde mental, superação e imagem pessoal.

Hoje, aos 50 anos, a nadadora federada do Praia Clube de Uberlândia tornou-se uma atleta de ultramaratona aquática de alta performance e palestrante, inspirando atletas iniciantes com sua trajetória internacional — um currículo capaz de silenciar até os mais experientes. 

“A água sempre foi meu campo de batalha. Mas foi fora dela que aprendi a treinar a mente para enfrentar o impossível”, conta Catarina.


A TRAVESSIA QUE MUDOU TUDO

Em janeiro de 2022, ela fez história: foi a primeira brasileira a completar, solo, os 53 km entre a Praia Vermelha e a Barra de Guaratiba, no . Numa prova contra a corrente e sob condições climáticas adversas, Catarina nadou por 21 horas e 6 minutos sem parar. O feito entrou para o Guinness World Records e também foi reconhecido pela World Open Water Swimming Association (WOWSA).

O impacto da conquista foi imediato. Matérias nos telejornais da TV Globo, participações em programas esportivos e até entrevistas para podcasts especializados, como o que gravou em abril de 2024 ao lado de grandes nomes do esporte brasileiro, consolidaram sua imagem como atleta de resistência e voz poderosa no cenário do desenvolvimento humano.

ANTES DA GLÓRIA, MUITO TREINO (E ALGUMAS QUEDAS)

Mas o caminho até o topo foi forjado com suor, frio e muita disciplina. Em 2018, uma reportagem da TV Integração, afiliada da Globo em Minas Gerais, já mostrava Catarina nos bastidores da preparação para a clássica prova 14 Bis, uma maratona aquática de 24 km entre Bertioga e . No ano seguinte, seu primeiro nado entre o Leme e o Pontal foi destaque no YouTube, num vídeo divulgado pelo próprio organizador da travessia.

Em 2019, veio o desafio europeu: nadar do  à , pelo Canal da Mancha, um dos trajetos mais temidos da natação em águas abertas. E, como era de se esperar, a mineira encarou as águas geladas com garra. O feito foi pauta no MGTV, reforçando sua fama de “superatleta”.

Mas nem sempre o mar esteve para peixe. Durante a pandemia, em abril de 2020, Catarina foi entrevistada pela Globo sobre os desafios de manter uma rotina de treinos sem acesso às piscinas. “Eu aprendi que o treino da mente é tão importante quanto o do corpo. Foi na quarentena que entendi que resiliência é o maior ativo de um atleta — e de qualquer ser humano”, relembra.

LEGADO E IMAGEM PESSOAL

Mais do que quebrar recordes, Catarina construiu uma imagem que inspira pela coerência, autenticidade e dedicação ao esporte. Reconhecida no cenário esportivo brasileiro, ela continua a motivar e abrir caminhos para novos talentos, usando sua trajetória nas águas como exemplo de disciplina e superação.

“Imagem pessoal não é só sobre o que você veste — é sobre o que você transmite. É a energia com que você entra em uma sala, a maneira como encara os desafios e, principalmente, como sustenta seus valores. É sobre alinhar aparência, discurso e atitude”, afirma.

Fora das piscinas, Catarina aplica os aprendizados do esporte à vida, mostrando como a mentalidade de uma atleta pode inspirar atitudes transformadoras no dia a dia.

Sua palestra, O Poder de Acreditar em Si Mesmo”, contando sua experiencia como atleta, já passou por eventos corporativos, escolas e congressos. Em cada encontro, ela compartilha experiências vividas nas provas mais desafiadoras da natação e convida o público a refletir sobre como enfrentar as “águas turbulentas” da vida com coragem, foco e persistência.

“O que aprendi nadando por 21 horas em mar aberto serve para qualquer um que esteja atravessando um desafio — seja um burnout, uma mudança de carreira ou o início de um novo projeto pessoal”, conclui Catarina.

REFERÊNCIA NO ESPORTE (E NA VIDA)

O nome de Catarina também aparece no livro do nadador e Joel Kriger como referência de nadadora de resistência, reforçando seu lugar de destaque na história da natação nacional. Joel Kriger é um empresário e montanhista brasileiro que, aos 68 anos, tornou-se o brasileiro mais velho a alcançar o topo do Everest e a escalar os sete picos mais altos do mundo. Sua trajetória, que inclui um primeiro trekking ao Everest em 2003, é marcada pela paixão pelo esporte e pela busca por superar desafios, conforme narrado em seu livro “Suba, Nade, Corra, Pedale… E Aproveite a Paisagem”. Além do montanhismo, Kriger também praticou natação.

Com uma voz que inspira e uma trajetória que transforma, Catarina Porfírio tornou-se um símbolo do poder do esporte em mudar vidas e redefinir identidades. Uma mulher que nada quilômetros em mar aberto e, ao mesmo tempo, mergulha fundo na mente e na alma de quem busca evoluir.

“Se tem uma coisa que o esporte me ensinou é que a gente nunca sai da água igual entrou. E essa é a maior beleza da transformação”, diz, com o olhar de quem ainda tem muitos oceanos a atravessar.


A atleta pode ser encontrada como @catarinaporfirio nas redes; Catarina segue nadando contra a maré das superficialidades. Com coragem, consistência e verdade — porque é assim que se constrói uma imagem que fica.

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