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Técnicos da Funai dizem que assassinato de garoto indígena não passa de boatos infundados

Técnicos da Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Imperatriz (MA) afirmam que a notícia de que uma criança Awá-Guajá foi queimada viva não passa de “boatos sem fundamentos”. Apesar de um relatório ter sido divulgado ontem (9) e já estar circulando na internet, a assessoria da fundação informou hoje (10) que a direção nacional da […]
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Técnicos da Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Imperatriz (MA) afirmam que a notícia de que uma criança Awá-Guajá foi queimada viva não passa de “boatos sem fundamentos”. Apesar de um relatório ter sido divulgado ontem (9) e já estar circulando na internet, a assessoria da fundação informou hoje (10) que a direção nacional da entidade ainda está analisando o assunto e não tem uma posição oficial sobre o que de fato ocorreu.

Na semana passada, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) noticiou em seu site que, segundo líderes indígenas do povo Guajajara, o crime ocorreu em outubro de 2011 e a Funai foi informada em novembro, mas não tomou providência.

De acordo com as primeiras informações divulgadas pelo Cimi, o garoto de 8 anos pertencia a um grupo da etnia Awá-Guajá que vive na Terra Indígena Arariboia. Ainda segundo o Cimi, o corpo foi encontrado pelos Guajajara a cerca de 20 quilômetros da aldeia Patizal, próxima ao município de Arame (MA). No local também foram encontrados vestígios de um acampamento recente de madeireiros. As informações fornecidas pelo povo Guajajara, contudo, não puderam ser checadas diretamente porque os Awá-Guajá vivem isolados, impossibilitando o acesso dos missionários.

O isolamento dos Awá-Guajá também limitou o trabalho dos três técnicos da Funai enviados para apurar o caso. Em Arame, eles se limitaram a ouvir indígenas Guajajara que “pudessem oferecer informações confiáveis a respeito da circulação dos Awá-Guajá pela região”. No relatório, os técnicos afirmam que, de acordo com um dos líderes Guajajara, tudo não passou de “um boato infundado, uma mentira” e que nunca houve um corpo carbonizado.

O Cimi, no entanto, garante que o mesmo índio citado pelos técnicos, Clóvis Tenetehara, foi um dos líderes ouvidos na semana passada, quando o órgão indigenista ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apurava as informações.

Sem visitar o local onde os Guajajara dizem ter encontrado o corpo e baseando-se no relato de Clóvis, os técnicos da Funai afirmam estar indignados com a divulgação de “mentiras com requintes de crueldade”.

“Repudiamos o ato irresponsável de aproveitadores que fizeram os cidadãos brasileiros imaginarem e se comoverem com a cena hedionda descrita (imaginada) com base em boatos sem fundamentos”, dizem na nota. “É lastimável que a sociedade brasileira tenha sido ludibriada de maneira tão vil e levada a crer num fato inexistente que não pode ser sequer classificado de brincadeira de mau gosto.”

Na nota, os técnicos também revelam ter flagrado um caminhão usado para extrair ilegalmente madeira da terra indígena. De acordo com funcionários da Funai, o motorista do caminhão disse atuar com a autorização dos índios.

Procurado pela reportagem, o Cimi informou que só irá se manifestar no final da tarde.

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