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Manifestação histórica contra a corrupção leva cerca de 60 mil às ruas de Campo Grande

Revolta contra impunidade dos políticos contagiou a população, que tomou a avenida Afonso Pena e parou a Capital por quase cinco horas
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Revolta contra impunidade dos políticos contagiou a população, que tomou a avenida Afonso Pena e parou a Capital por quase cinco horas

A indignação contra a corrupção e a impunidade dos políticos levou aproximadamente 60 mil pessoas às ruas de num protesto histórico na noite desta quinta-feira, 20 de junho de 2013.

A população tomou a avenida Afonso Pena, cartão postal da Capital, para mostrar a indignação contra as denúncias de fraudes e corrupção no tratamento do hospital do câncer, a gastança do dinheiro público e para pedir um basta na impunidade de políticos.

Os organizadores chegaram a falar em 100 mil pessoas. A Polícia Militar foi mais tímida e estimou o público em aproximadamente 35 mil manifestantes.

“Fui para mostrar minha indignação com a corrupção e com a falta de vergonha na cara dos políticos”, afirmou o gerente de marketing Humberto Moretto, 29 anos, que foi com um grupo de amigos na manifestação. “Era para parar Campo Grande”, frisou o jovem.

O campo-grandense estava com o grito de revolta preso na garganta e aproveitou o I Ato Público em Campo Grande para soltar o grito de “chega de roubalheira” e “basta”. “É revoltante no meio de tanta corrupção”, indignou-se a estudante de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Joyce Carvalho, 18 anos, que foi ‘marchar’ com um grupo de acadêmicos. Ele pediu um país melhor para todos e mais investimentos em saúde.

“Tem tanta gente passando fome e vereador gasta R$ 80 mil com café da manhã”, revoltou-se a acadêmica de Fisioterapia, Andressa da Silva, 18 anos.

“Vim mostrar minha indignação com tanta corrupção e falta de espaço para a gente trabalhar”, argumentou o artesão Lionel Ribeiro de Lara, 27 anos, que reclama da falta de local para trabalhar nas ruas ou em praças públicas. Ele levou uma placa contra a PEC 37, a proposta que tira o poder do Ministério Público. “Vai facilitar a impunidade”, justificou o jovem.

A acadêmica de Direito da UFMS, Letícia Santos Assis, 18 anos, também se juntou a multidão para gritar um basta de roubalheira e corrupção no Brasil. “A educação é o que transforma, precisa ser do padrão Fifa”, argumentou, fazendo alusão à Copa das Confederações, que começou na semana passada no Brasil.

Revoltado com tanta corrupção, o engenheiro civil Juan Souto, 58 anos, espera que a manifestação dê um grande susto nos políticos e ponha fim a décadas de impunidade no Brasil. Ele elogiou a manifestação pacífica, que percorreu as avenidas Afonso Pena, Mato Grosso, Via Parque e Ricardo Brandão.

Segundo informação extra oficial da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), 60 mil pessoas foram às ruas nesta quinta-feira para promover a maior manifestação contra a corrupção da história de Campo Grande.

A manifestação teve a atuação exemplar da Polícia Militar, Agetran e Guarda Municipal. Apesar da provocação dos manifestantes, não houve atrito ou disparos de balas de borracha.

No entanto, o ato terminou com a ação de um pequeno grupo de vândalos, adolescentes e jovens, que promoveram quebra-quebra e depredações de lojas, bancas de revistas, agências bancárias e outros locais no centro. Três ônibus do transporte coletivo foram depredados.

Policiais militares ocuparam as ruas centrais após o protestos e colocaram fim aos atos de vandalismo.

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