Desta vez os farmacêuticos alertam para o fim dos plantões que seria anunciado na sexta
Servidores que trabalham na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino voltaram a ficar em pânico em vista dos rumores de que a Prefeitura de Campo Grande irá cortar os plantões de todos os profissionais de saúde. Segundo os servidores desta UPA, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) convocou uma reunião para a próxima sexta-feira (13) a fim de anunciar, oficialmente, o fim dos plantões.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Campo Grande, Luiz Gonçalves, se o corte se concretizar, a classe de trabalhadores vai se mobilizar contra a medida. “Estamos em alerta! Iremos tomar todas as medidas que forem possíveis”, avisa.
No fim de janeiro, o secretário municipal de saúde, Jamal Salem, chegou a anunciar um ‘corte de gorduras’ na saúde pública, atingindo também os enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos administrativos e médicos. Tal medida causou enorme repercussão nos plantonistas, já que os plantões representam mais da metade do salário da maioria dos trabalhadores.
Em face desta repercussão, o secretário Jamal voltou atrás nas declarações e ressaltou que o corte atingiria somente os servidores improdutivos. “Cito o exemplo de uma unidade móvel que possuiu o serviço de psiquiatria. Com a inauguração dos cinco CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) na Capital, é bem provável que os médicos psiquiatras sejam removidos das unidades móveis para trabalharem nos CAPS”, ameniza.
Desta forma, a reportagem entrou em contato com a Sesau, nesta quarta-feira (11), a fim de confirmar se essa reunião, que anunciará o corte de plantões, vai acontecer. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesau, não é possível, em virtude do horário do contato, confirmar a reunião.
Todavia, a assessoria reforçou o que já foi declarado pelo secretário Jamal, afirmando que só haverá cortes de funcionários improdutivos. Além disso, a Sesau pretende cortar os plantões dos servidores que estão falsificando atestados médicos para não ganharem faltas enquanto viajam.
