Oficial de justiça e Guarda Municipal estiveram no local para fazer notificação
Os moradores do Residencial José de Alencar 1, na Rua Padre José Urquiza, no Jardim Monte Alegre, em Campo Grande, estão apreensivos nos dois últimos dias. Primeiro, cerca de 60 pessoas foram até o local na noite de domingo (8), para invadir os apartamentos que ainda não foram sorteados pela Emha (Agência Municipal de Habitação). Teve confusão e a Polícia Militar foi chamada.
Na tarde desta segunda-feira (9), a Guarda Municipal e um oficial de justiça foram até o local entregar uma notificação para que algumas famílias que também invadiram os apartamentos há alguns meses saiam do local. Porém, as famílias já estão estabelecidas e tem o apoio dos moradores que estão com a situação regularizada.
A síndica do residencial, Priscila Estefani, conta que em dezembro, ela e cerca de 70 famílias mudaram para lá, quando o residencial foi inaugurado. Cerca de dois meses depois, os apartamentos que ainda não haviam sido sorteados foram ocupados por pessoas que foram chegando.
Estes invasores não tem problema com os moradores mais antigos e na maioria dos casos, dizem ter cadastro na Ehma, há vários anos. “É gente que precisa. Tem apartamento que a pessoa foi sorteada, veio olhou e desistiu”, explica Priscila.
Já na noite de domingo, teriam chegado os “oportunistas”, segundo os moradores. Eles dizem que os invasores chegaram fazendo vandalismo e ficaram nas portas dos blocos, batendo nas portas dos apartamentos para saber quais eram ocupados. A PM foi acionada e teve confusão com os moradores regularizados também. Até o marido da síndica acabou detido por desacato.
Nesta segunda, a Guarda Municipal acompanhou o oficial de Justiça para entregar notificações aos invasores. “Eles vieram para despejar o pessoal que é pacífico”, diz a atendente de telemarketing Andréia Espíndola. Ela diz ainda que a região ficou abandonada após a inauguração do residencial.
A diarista Ariane Quintino Silvério é uma das invasoras ‘pacíficas’ e que conta com o apoio dos moradores para ficar no local. Mãe de seis filhos, ela teve que sair correndo do trabalho para ir para casa. A filha mais velha, que completa 14 anos nesta segunda, ficou desesperada com presença dos guardas e acabou passando mal, com o irmão bebê no colo.
Ariane diz que já pagou o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), o condomínio do apartamento e que está disposta a pagar a prestação do local, é só regularizar com a Emha.
Segundo os moradores, foi dado um prazo de 24 horas para os invasores saírem do local ou será cumprida a reintegração de posse.
Os condomínios fazem parte do Programa Minha Casa, Minha Vida do governo Federal com contrapartidas do governo do Estado e da prefeitura de Campo Grande.
