Conhecida em Campo Grande pela famosa feijoada e como ‘rainha das quentinhas’, a chef de cozinha Helen Braz, de 46 anos, acaba de ser indicada ao Prêmio Dólmã – considerado o Oscar da gastronomia brasileira – como melhor Chef de Cozinha na categoria Nacional 2022. Ao MidiaMAIS, ela revela a felicidade da comemoração em dose dupla.
“Estou muito feliz e surpresa. Ganhar na categoria estadual em 2020 foi incrível, imagina agora indicada a categoria nacional. É um misto de emoções. Eu acabei de vencer um câncer de mama e essa indicação veio para coroar um momento de felicidade que eu e minha família estamos vivendo. Comecei vendendo quentinha. Nem nos meus maiores sonhos eu imaginei uma mulher do MS, marmiteira, indicada na premiação máxima da gastronomia brasileira. Parece que ainda não acordei desse sonho”, celebra a chef.
Helen concorre com outros 14 cozinheiros das cinco regiões do Brasil. A votação dos chefs indicados segue até o dia 11 de agosto às 23h45m, horário de Brasília. Já o resultado dos profissionais premiados na categoria nacional será anunciado no dia 12 de agosto durante a realização da Cerimônia DÓLMÃ AMAPÁ 2022, o Tapete Vermelho da Gastronomia Brasileira.
Vencedora do Prêmio Dólmã Melhor Chef de Cozinha do Mato Grosso do Sul 2020, Helen afirma que as expectativas para levar a estatueta para casa esse ano são grandes.
“Sinto-me feliz e honrada apenas com a indicação, fruto de um trabalho árduo, diário e construído por anos de muita dedicação. Estou concorrendo com grandes amigos, chefs das cinco regiões brasileiras. Ser indicada já é incrível, mas quero trazer a estatueta para Mato Grosso do Sul, honrar e valorizar a nossa gastronomia”.
Para votar na chef Helen Braz e contribuir para que o prêmio seja de Mato Grosso do Sul, basta acessar esse link e clicar no nome dela.
De marmiteira até chef renomada
Dona do restaurante Tropeiro Gastrô Gourmet e especializado em comida regional e afetiva, a chef Helen Braz adapta receitas nacionais e internacionais usando ingredientes locais e faz releituras de pratos já existentes.
Adepta do slow food, a chef destaca a importância de despertar emoções através da gastronomia, que é a expressão da cultura de um povo através de seus ingredientes.
“O slow food é um movimento não-governamental […] é um alimento bom, limpo e justo. Bom para comer, o máximo possível natural e com preço justo, valorizando o pequeno produtor e os insumos regionais”, explica à equipe de reportagem.
Além do restaurante, Helen é também Embaixadora da Gastronomia Brasileira pelo Estado do Mato Grosso do Sul, Coordenadora do Festival Enchefs MS, coordenadora do Slow Food Pantanal e professora de gastronomia.
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